O vai e vem das tarifas de Donald Trump tem provocado um alvoroço não só no mercado financeiro como tem irritado o próprio presidente norte-americano, que precisou usar as redes sociais mais uma vez para mostrar que não vai poupar ninguém.
De um lado, as bolsas mundo afora acumulam um prejuízo de US$ 8 trilhões em 2025 — metade dessa quantia veio no auge da guerra comercial de Trump, quando o republicano anunciou tarifas recíprocas para 185 países, segundo cálculos da Elos Ayta.
- Os 21 índices de ações acompanhados pela consultoria nas Américas, Europa e Ásia estão no negativo desde 2 de abril, com quedas que superam 15% — no Brasil, a B3 encolheu R$ 141,8 bilhões em valor de mercado entre 2 e 10 de abril.
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Do outro lado, o próprio Trump, em uma demonstração de força e irritação, negou no domingo (13) que alguém será poupado.
“Ninguém vai ficar livre por causa das balanças comerciais injustas e das barreiras tarifárias não monetárias que outros países usam contra nós, especialmente a China que, de longe, nos trata da pior maneira”, escreveu Trump na Truth Social.
A declaração desmente a notícia de que o governo norte-americano daria isenção de tarifas a produtos tecnológicos importados divulgada na sexta-feira (11).
Ao dizer que nenhuma exceção tarifária foi anunciada, o republicano acrescentou que “estes produtos [tecnológicos] estão sujeitos a 20% da tarifa de fentanil já existente, e eles estão sendo apenas colocados em um balde tarifário diferente”.
- Trump impôs uma taxa de 20% sobre a importação de produtos chineses em retaliação ao suposto papel do país asiático no tráfico da droga. A China diz que a acusação não tem nenhum fundamento.
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Sobrou até para a imprensa. Trump reclamou que a mídia não alinhada a ele sabe que a isenção anunciada na sexta não é uma exceção, “mas se recusa a relatar isso”.
“Nós vamos analisar os semicondutores e TODA A CADEIA DE ABASTECIMENTO DE ELETRÔNICOS nas próximas Investigações sobre Tarifas de Segurança Nacional”, disse.
E aqui vai mais uma manobra de Trump: sob o argumento de que está protegendo a segurança nacional, o governo dos EUA consegue escapar do Legislativo, já que qualquer mudança tarifária precisa passar pelo crivo do Congresso.
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