A volta do feriado está castigando as bolsas aqui e lá fora. O Ibovespa chegou a perder os 137 mil pontos, enquanto o dólar avança na casa dos R$ 5,50 — um movimento que acompanha Wall Street.
Em Nova York, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq operam sem uma direção comum, com os investidores avaliando a próxima ação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), enquanto monitoram os últimos acontecimentos no Oriente Médio.
Na B3, ações mais sensíveis ao ciclo econômico, como varejistas e bancos empurram o Ibovespa para o vermelho. No topo da lista de piores desempenhos, estão Cosan (-6,25%), Vamos (-4,75%), Hapvida (-4,61%), Magazine Luiza (-3,74%) e BRF (-3,30%).
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De acordo com analistas, o aumento da Selic na quarta-feira (18) alimenta a expectativa de que as empresas enfrentem mais dificuldades no resto do ano. Você pode conferir a última decisão do Copom aqui.
Por volta de 13h15, o Ibovespa caía 0,91%, aos 137.464,61 pontos. Na mínima da sessão, o principal índice da bolsa brasileira chegou aos 136.814,52 pontos.
No mesmo horário, o dólar à vista subia 0,01%, a R$ 5,5021. A moeda norte-americana operava em queda no início do dia, mas inverteu o sinal e chegou a renovar máxima ante o real (R$ 5,5140), acompanhando a piora do Ibovespa e o fortalecimento da divisa no exterior ante emergentes.
Lá fora, o Dow Jones subia 0,10%, aos 42.212,10 pontos, enquanto o S&P 500 caía 0,18%, aos 5.970,75 pontos, e o Nasdaq tinha queda de 0,44%, aos 19.460 pontos.
Além dos últimos sinais do Fed — você pode conferir aqui a última decisão — também pensa sobre Wall Street a pressão das ações das fabricantes de chips, que cedem em meio à notícia do Wall Street Journal indicar que os EUA podem revogar as isenções para alguns fabricantes de semicondutores.
As ações da Nvidia caem mais de 1%, enquanto as da Broadcom e da Taiwan Semiconductor Manufacturing recuam mais de 2% cada.
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Bolsas reagem a Trump e ao conflito no Oriente Médio
Além de criticar o Fed na quinta-feira (19), dizendo que o presidente Jerome Powell está custando aos EUA “centenas de bilhões de dólares” ao adiar os cortes de juros, Donald Trump também falou sobre o conflito no Oriente Médio.
Os preços do petróleo recuaram, com Trump dizendo ontem que decidiria se atacaria o Irã nas próximas duas semanas, mas queria considerar “uma chance substancial de negociações”.
O Brent, referência internacional, cai mais de 2%, enquanto o WTI — a referência para o mercado norte-americano — operava na linha da estabilidade.
No entanto, as tensões em torno do conflito entre Israel e Irã permaneceram elevadas, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria ordenado que as forças armadas de Jerusalém atacassem “alvos estratégicos” no Irã, bem como “alvos governamentais”.
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