A Boeing vai desembolsar US$ 1,1 bilhão para evitar novos processos e investigações relacionadas a dois acidentes envolvendo os aviões 737 Max.
O acordo desta quarta-feira (4) com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) estabelece que a fabricante de aviões adotará novas medidas de segurança para evitar uma nova acusação criminal.
Com isso, a Boeing, em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), reconhece que violou os termos do acordo original firmado em 2021, após a queda de aviões da companhia.
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Acusações culpam má prática da empresa pela queda de dois aviões
A acusação original envolve conspiração para enganar a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), ao omitir informações sobre o sistema MCAS, responsável pelo comportamento do avião em situações críticas — fator central nos acidentes da Lion Air (2018) e Ethiopian Airlines (2019), que mataram 346 pessoas.
O novo acordo da Boeing e do DoJ, por consequência, anula a necessidade do julgamento que estava previsto para começar no próximo dia 23 sobre o assunto.
A cifra total que a Boeing vai desembolsar é composta de três valores:
- Multa adicional de US$ 243,6 milhões como penalidade criminal — valor remanescente à multa já paga em 2021;
- Investimento mínimo de US$ 455 milhões até o fim de 2026 em melhorias nos programas de segurança, qualidade e conformidade;
- Doação de US$ 444,5 milhões para as famílias das vítimas dos acidentes.
A assinatura deste novo acordo permite que a Boeing evite novas acusações criminais, mas o descumprimento de qualquer cláusula pode reabrir o processo.
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