Mais um mês com a melhor rentabilidade dentre os principais investimentos acompanhados pelo Seu Dinheiro, o Bitcoin (BTC) vai poder pedir música no Fantástico.
A maior criptomoeda do mundo repetiu o feito de abril ao registrar uma valorização de 11,5% em maio.
O mês foi marcado pelas renovações de recordes do Bitcoin, que bateu os US$ 111 mil pela primeira vez no dia do aniversário da sua primeira transação — o Bitcoin Pizza Day.
O otimismo dos últimos dias ganhou força com o avanço da Lei Genius, sobre stablecoins — que são criptomoedas com lastro em moedas fiduciárias — no Senado norte-americano.
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Além disso, empresas e gestoras voltaram a apresentar um apetite maior pelo Bitcoin e seus ETFs norte-americanos, o que reforçou o sentimento positivo e impulsionou as valorizações da criptomoeda.
No ano, entretanto, a valorização do Bitcoin não é tão glamorosa: 3,74% de alta.
Mas, se depender da visão otimista dos agentes de mercado ligados às moedas digitais, vai ter música no Fantástico de três em três meses.
O clima de bull market se intensificou em maio. Nos mercados de opções, investidores abriram posições relevantes ao longo do mês, com calls — opções de compra — em US$ 110 mil, US$ 120 mil e até US$ 300 mil, todas com vencimento em 27 de junho.
Em nota divulgada no Bitcoin Pizza Day, Bernardo Srur, CEO da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), afirmou:
“Estamos vivendo um momento histórico para o mercado de criptoativos. Ver o Bitcoin ultrapassar os US$ 111 mil, atingir um valor de mercado de mais de US$ 2,17 trilhões e se tornar o quinto ativo mais valioso do mundo, à frente de empresas como a Amazon.”
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Renda fixa corre atrás
O impulso de dois dígitos, entretanto, se limitou ao Bitcoin.
Os demais ativos financeiros tiveram performances mais amenas, com a segunda posição do ranking mensal do Seu Dinheiro sendo ocupada pelo Tesouro IPCA+ 2050, ao registrar valorização de 3,36% no valor dos papéis ao longo de maio.
Os títulos de inflação de longo prazo tiveram os melhores desempenhos dentre os títulos públicos.
O Tesouro IPCA+ 2040 teve alta de 3,14% e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2060 viu seus preços aumentarem 2,38%.
Enquanto o título de vencimento curto, Tesouro IPCA+ 2029 não teve o mesmo desempenho, com uma alta limitada a 0,4%.
Ao longo do mês, as taxas da curva de juros caíram, principalmente nas curvas mais longas, impulsionando o preço dos títulos de renda fixa. Taxas e preços têm correlação negativa, de modo que, quando as taxas caem, os preços sobem, e o inverso também é verdadeiro.
Mudanças na regulamentação de títulos isentos (LCIs, LCAs, CRIs e CRAs) também mexeram com as taxas no mercado de renda fixa.
Veja a seguir o ranking completo dos piores e melhores investimentos de maio:
Investimento | Rentabilidade no mês | Rentabilidade no ano |
---|---|---|
Bitcoin | 11,79% | 3,93% |
Tesouro IPCA+ 2050 | 3,36% | – |
Tesouro IPCA+ 2040 | 3,14% | – |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2060 | 2,38% | – |
Ibovespa | 1,45% | 13,92% |
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA – Geral)* | 1,45% | 7,87% |
IFIX | 1,44% | 11,09% |
Tesouro Selic 2028 | 1,14% | – |
CDI* | 1,14% | 5,25% |
Tesouro Selic 2031 | 1,11% | – |
Tesouro Prefixado 2032 | 0,98% | – |
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 | 0,95% | 9,76% |
Dólar PTAX | 0,86% | -7,80% |
Dólar à vista | 0,76% | -7,45% |
Poupança antiga** | 0,67% | 3,22% |
Poupança nova** | 0,67% | 3,22% |
Tesouro Prefixado 2028 | 0,62% | – |
Ouro (GOLD11) | 0,56% | 16,70% |
Tesouro IPCA+ 2029 | 0,40% | 6,99% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 | -1,21% | – |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | -1,72% | 3,95% |
(**) Poupança com aniversário no dia 28.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Dólar e Ibovespa
As coisas iam bem para o real e o Ibovespa ao longo de maio. O principal índice de ações chegou a romper barreiras e bater a máxima histórica nominal de 140 mil pontos, com o dólar negociando na faixa dos R$ 5,60.
Porém, o caldo entornou quando o governo federal anunciou o aumento das alíquotas de IOF.
A decisão não era esperada e foi entendida como um problema para o ambiente de negócios do país devido ao encarecimento do crédito e aumento da insegurança jurídica por mexer com regulamentações.
Com isso, a bolsa devolveu os ganhos, e o dólar ganhou um pouco de espaço frente ao real.
Depois de dois meses na lanterna, dólar à vista (cotação de mercado) e dólar PTAX (cotação do Banco Central) registraram ganhos de 0,76% e 0,86%, respectivamente, fechando a R$ 5,72 na cotação de mercado e a R$ R$ 5,71 na cotação do Banco Central.
Enquanto o Ibovespa fechou na casa dos 137.026,62 pontos, com alta de 1,45% no mês.
Veja as maiores altas do Ibovespa em maio
Empresa | Código | Desempenho no mês |
---|---|---|
Azzas 2154 | AZZA3 | 38,66% |
Lojas Renner | LREN3 | 24,30% |
Hapvida | HAPV3 | 23,28% |
Assaí | ASAI3 | 22,42% |
PetroRecôncavo | RECV3 | 18,76% |
E as maiores quedas do Ibovespa em maio
Empresa | Código | Desempenho no mês |
---|---|---|
Azul | AZUL4 | -38,78% |
Pão de Açúcar | PCAR3 | -28,84% |
RD Saúde | RADL3 | -25,15% |
Banco do Brasil | BBAS3 | -19,05% |
Minerva | BEEF3 | -14,72% |
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