Volatilidade é a palavra que não sai da cabeça dos investidores nesta semana. O bombardeio de novas tarifas dos Estados Unidos e as retaliações da China e da Europa transformaram os mercados globais em verdadeiros campos de batalha. Mas, no universo das criptomoedas e do bitcoin (BTC), incerteza é quase regra — e, apesar dos riscos, a tempestade também carrega oportunidades.
A guerra comercial, que ganhou força nos últimos dias, não poupou o setor cripto. Na manhã desta quarta-feira (09), o BTC chegou a ser negociado abaixo dos US$ 75 mil. No mesmo momento, o dólar subia 0,74%, cotado a R$ 6,0550. Já os índices americanos — S&P 500, Nasdaq e Dow Jones — iniciavam o dia no vermelho.
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Ainda assim, em meio à turbulência, há resiliência — e também a volatilidade que, por vezes, joga a favor. Após o presidente Donald Trump anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, o mercado virou completamente.
Por volta das 15h, o bitcoin já acumulava alta de 6,10% nas últimas 24 horas, voltando ao patamar dos US$ 82 mil.
E onde o BTC vai, o mercado cripto costuma seguir. Em poucas horas, muitos ativos digitais reverteram as perdas e passaram a registrar ganhos expressivos. A solana (SOL) subiu 12,46%, o ethereum (ETH) avançou 9,76% e o XRP disparou 19,27%.
O dia é de fortes emoções para quem acompanha os mercados. A China anunciou o aumento de tarifas sobre importações dos EUA, saltando de 34% para 84%. A União Europeia, por sua vez, aprovou retaliações contra o governo de Donald Trump, mirando cerca de US$ 23,2 bilhões em produtos norte-americanos.
No fim das contas, veio o recuo: os EUA decidiram suspender parte das medidas. Pelos próximos 90 dias, a tarifa imposta a quase todos os parceiros comerciais dos EUA será de 10%. A exceção é a China, que pagará pedágio de 125% para que seus produtos cheguem aos consumidores norte-americanos.
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Bitcoin e os investidores em baixo d’água
Talvez a virada desta quarta-feira possa ajudar muitos investidores a colocar a cabeça para fora da água.
Segundo dados da CryptoQuant, cerca de 26% da oferta circulante da criptomoeda está no vermelho, ou seja, foi comprada a preços mais altos do que os atuais.
No jargão do mercado, esses ativos estão “submersos”.
O contraste com o cenário recente é gritante. Em dezembro do ano passado, apenas 0,015% da oferta de BTC estava nessa situação.
A pressão sobre o preço do bitcoin — e de boa parte do mercado cripto — reflete a escalada da guerra comercial promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A tensão crescente com a China, em especial, é o foco das atenções globais e tem provocado ondas de instabilidade no setor.
*Com informações do Money Times
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