Uma call bastou para o Bank of America (BofA) reforçar sua aposta nas ações da JBS (JBSS3), com o frigorífico intensificando seus esforços para obter uma dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos.
Para as analistas do banco Isabella Simonato e Julia Zaniolo, o movimento é visto como um gatilho importante para a reprecificação da ação.
Um ponto destacado pelo BofA foi que a JBS afirmou que a disciplina em fusões e aquisições não muda com a listagem, sem nenhum grande negócio no radar.
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“A gestão gosta da flexibilidade de eventualmente usar ações para financiar crescimento inorgânico. Acreditamos que a listagem é um importante gatilho de reavaliação e reiteramos nossa recomendação de compra”, destacaram as analistas
Com isso, o Bank of America elevou seu preço-alvo para as ações da JBS de R$ 55 para R$ 59, reiterando sua recomendação de compra.
Por volta das 16h215, os papéis do frigorífico eram negociados a R$ 39,30, uma queda de 0,13%. No ano, a JBS acumula alta de 12,79%.
O que foi dito na teleconferência de resultados do 1T25 da JBS
A JBS realizou sua teleconferência de resultados do 1º trimestre com foco na proposta de listagem nos Estados Unidos — tema que dominou o debate após recomendações contrárias de consultorias de voto como Glass Lewis e ISS.
Na ocasião, CFO Global, Guilherme Cavalcanti, destacou a reação positiva das ações após os anúncios relacionados à listagem e o apoio dos acionistas estrangeiros, que agora representam cerca de 80% do free float (excluindo o BNDES).
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“A estrutura de ações com classes duplas é relativamente comum entre empresas listadas nos EUA (como acontece com a Tyson Foods), e a gestão acredita que ter um acionista controlador tem sustentado a estratégia consistente da JBS nos últimos 20 anos (diversificação e portfólio de valor agregado), sendo algo crucial para o sucesso de um negócio complexo, dado o alinhamento de interesses de longo prazo”, explicam Isabella Simonato e Julia Zaniolo, do BofA.
Durante a teleconferência, a JBS mencionou que o segundo trimestre de 2025 (2T25) deve continuar sendo desafiador para a carne bovina nos EUA, devido à oferta limitada de gado e ao impacto negativo das tarifas entre China e EUA sobre as exportações de couro para o país asiático.
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Há retenção de vacas em andamento, e 2025 deve representar o ponto mais baixo das margens, com melhorias graduais esperadas para 2026. As exportações de carne suína também devem ser afetadas.
Por outro lado, dizem os analistas, a empresa está otimista com as margens do frango em 2025.
*Com informações do Money Times
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