O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (26) novas medidas para reduzir fraudes na abertura de contas bancárias e simplificar o processo de recuperação de valores esquecidos em instituições financeiras.
De acordo com a instituição, o objetivo é evitar a abertura de contas fraudulentas, com identidade falsa, ou a inclusão de um novo titular em contas conjuntas ou de novos responsáveis em contas de pessoas jurídicas.
O sistema será oferecido a partir de dezembro deste ano na área logada do Meu BC.
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As regras, publicadas pela Resolução BCB nº 475 de 2025, criam um mecanismo que permite ao cidadão informar, de forma voluntária, que não deseja abrir novas contas (sejam correntes, de poupança ou de pagamento) em qualquer instituição do Sistema Financeiro Nacional.
O novo sistema também permitirá que os usuários ativem e desativem, a qualquer momento e por tempo determinado ou indeterminado, o compartilhamento de seus dados bancários.
O mecanismo mostrará as ativações e as desativações realizadas, bem como as consultas feitas por instituições financeiras sobre a possibilidade de abertura de novas contas.
A consulta a essa base de dados será obrigatória para os bancos antes da conclusão de novos cadastros de clientes.
“O Banco Central não terá esse serviço ativo, mas ficará o registro, então, se ele vier consultar o serviço, ele vai saber quem fez uma consulta no nome dele”, explicou Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento de Atendimento Institucional do BC.
Resgate automático de valores esquecidos
Outras novidades do BC devem ser aplicadas ainda mais rápido. A partir desta terça (27), será possível habilitar a solicitação automática de resgate de valores, facilitando a recuperação do famoso “dinheiro esquecido”.
Até então, para resgatar o dinheiro era necessário acessar o Sistema Valores a Receber (SVR) e realizar um procedimento manual para cada pedido de resgate.
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A nota divulgada nesta segunda diz que o propósito é facilitar a vida do cidadão, que não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome.
O cidadão que optar por aderir a nova ferramenta deve acessar o SVR com uma conta “gov.br” de nível prata ou ouro e verificação em duas etapas ativada.
Ainda segundo o Banco Central, a solicitação automática é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem tem chave Pix do tipo CPF. Quem não possui essa chave, deve fazer o cadastro na instituição financeira.
IA, Calculadora do Cidadão e outras novidades no BC
O Banco Central também informou que o informou que o DIN, chatbot da autarquia, vai passar a usar inteligência artificial (IA) ainda este ano, para ampliar os assuntos dos quais pode tratar com os cidadãos.
“É uma solução que está sendo adotada em diversos serviços, em toda a administração, no setor público e no setor privado”, afirmou Izabela Correa, diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC. Atualmente, o DIN realiza cerca de 59 mil atendimentos por mês.
Outra mudança está prevista para junho, quando será lançado um sistema que permitirá aos cidadãos acompanhar, na área logada do Meu BC, o andamento de demandas feitas contra instituições financeiras, além de visualizar as respostas enviadas por essas instituições.
Haverá também a possibilidade de compartilhar relatórios do Registrato com outras pessoas.
Para 2026, está programado o lançamento de uma nova versão da Calculadora do Cidadão, ferramenta usada para cálculos financeiros, como atualização de valores pela inflação e simulações com juros. A proposta é tornar o serviço mais acessível e adaptado às necessidades atuais.
*Com informações da Money Times e Estadão Conteúdo
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