A Azul (AZUL4) vem agitando o mercado desde que entrou para a lista de companhias aéreas brasileiras em recuperação judicial nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (28). Porém, a empresa vai encerrar a semana com pelo menos uma boa notícia para os investidores.
A aérea conseguiu a aprovação de um financiamento emergencial de US$ 250 milhões na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York, que aprovou o empréstimo na noite desta quinta-feira (29), segundo informações do jornal O Globo.
A medida foi solicitada pela Azul no dia em que entrou com o pedido de reestruturação. Na decisão, obtida pelo jornal, a Justiça entende que o financiamento é necessário para “evitar dano imediato e irreparável” à companhia, além de preservar o valor dos ativos e garantir a continuidade das operações.
A aprovação final do pacote total de financiamento, que pode chegar a US$ 1,6 bilhão, ainda depende de uma avaliação definitiva da Corte. Uma nova audiência foi marcada para 9 de julho.
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Para tirar a Azul do sufoco
O financiamento, chamado de DIP (Debtor-in-Possession Financing, na sigla em inglês), é comum em processos de recuperação judicial nos Estados Unidos.
A operação garante ao financiador a prioridade em pagamentos de débitos da companhia, à frente dos demais credores.
A aprovação do empréstimo da Azul foi emitida horas depois da primeira audiência da empresa na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York, quando a companhia apresentou pedidos iniciais do processo de recuperação judicial, incluindo o financiamento por DIP.
“Foi demonstrada causa justa e suficiente para a autorização para que as devedoras obtenham financiamento conforme os termos e condições estabelecidos nos documentos DIP”, afirma decisão do tribunal norte-americano, segundo O Globo.
Os recursos poderão ser utilizados para pagamento de salários e fornecedores, além da cobertura de despesas do processo de recuperação judicial da Azul.
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Qual o efeito da recuperação judicial da Azul?
Segundo apresentação divulgada pela Azul, o plano atual prevê a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas.
Além disso, o processo prevê o total de US$ 1,6 bilhão em financiamentos, que já estariam sendo negociados. A companhia também espera até US$ 950 milhões em novos aportes de capital.
Segundo a empresa, o processo deve durar entre seis e nove meses.
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