O avião com os primeiros deportados dos Estados Unidos no novo mandato do presidente Donald Trump está em solo brasileiro. A aeronave pousou em Manaus (AM) na noite desta sexta-feira (24/1), mas, devido a problemas técnicos, não seguiu viagem até o destino final, o Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte (MG).
A informação é da BH aiport, concessionária que administra o aeroporto de Confins. A empresa afirmou inicialmente que foi necessário fazer manutenção na aeronave em Manaus, mas depois relatou o cancelamento do voo para a Grande Belo Horizonte.
Avião com deportados
- Aeronave pousaria na noite desta sexta no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG).
- Dos 158 passageiros de várias nacionalidades, 88 são brasileiros, segundo relatos de fontes do Itamaraty ao Metrópoles.
- Voos com brasileiros deportados dos Estados Unidos ocorrem desde 2017, durante o governo Temer. Eles chegam ao Brasil uma ou duas vezes por mês, no máximo, sempre às sextas-feiras.
Não há previsão de quando a aeronave poderá decolar novamente, nem a causa do problema técnico. A aeronave com 88 imigrantes brasileiros detidos por estarem em condição ilegal nos EUA pertencente ao Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) norte-americano.
Os deportados deste primeiro voo não foram presos na gestão de Trump. Eles haviam sido retirados das ruas ainda na gestão do ex-presidente Joe Biden, que deixou o cargo na última segunda-feira (20/1). Neste ano, já houve outro voo que pousou no Brasil com pessoas deportadas dos Estados Unidos. Isto aconteceu no último dia 10, ainda na gestão de Biden. Havia 100 pessoas a bordo.
Prisões de imigrantes ilegais continuam
Uma postagem do ICE, na noite desta sexta, informa que o total de presos chegou a 593 nos Estados Unidos, considerando imigrantes com documentação ilegal de todas as nacionalidades. Do total, informa a publicação, 449 são considerados detidos alojados.
O presidente Donald Trump, logo após retornar à presidência dos EUA, iniciou uma ofensiva contra a imigração ilegal. No dia da posse, a última segunda-feira (20/1), o Trump decretou “emergência nacional” na fronteira do país com o México. A medida serviu para possibilitar o envio, em duas etapas, de 4 mil soldados para a região.