Quando o presidente norte-americano, Donald Trump, celebrou os ataques a três instalações nucleares do Irã, deixou claro que a ofensiva teve como objetivo acabar com as ambições de Teerã de construir bombas atômicas. Mas a Rússia pode acabar com os planos do republicano.
Neste domingo (22), o vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que “vários países estão prontos para fornecer diretamente suas próprias ogivas nucleares ao Irã”. Você pode conferir a reação internacional aos ataques aqui.
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“O que os norte-americanos conseguiram com seus ataques noturnos a três locais nucleares no Irã?”, questionou Medvedev em publicação no X.
Segundo ele, a infraestrutura crítica do ciclo de combustível nuclear “parece ter permanecido intacta ou sofrido apenas danos menores”, o que significa que “o enriquecimento de material nuclear, e, agora podemos dizer abertamente, a futura produção de armas nucleares, continuará”.
Vale lembrar que assim que Israel começou a atacar o Irã, em 13 de junho, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se colocou à disposição para costurar um cessar-fogo.
Embora a Rússia se beneficie com a escalada do conflito, já que os preços do petróleo dispararam desde então, Putin perdeu aliados na região, em especial depois que Bashar al-Assad foi deposto na Síria.
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A visão da Rússia sobre o envolvimento dos EUA na guerra
Para o conselheiro de Vladimir Putin, os EUA “estão agora enredados em um novo conflito”, com a possibilidade de uma operação terrestre no horizonte.
Apesar da ofensiva, “o regime político do Irã sobreviveu e, com toda a probabilidade, saiu ainda mais forte”, afirmou Medvedev.
Na avaliação do ex-presidente russo, “a esta altura, Trump pode esquecer o Prêmio Nobel da Paz, mesmo com o quanto ele foi deturpado. Que maneira de começar, senhor presidente. Parabéns!”.
Se o líder dos EUA, Donald Trump, era antes “saudado como ‘presidente da paz’, agora empurrou os EUA para outra guerra”, acrescentou.
Falando em entrevista à Fox News neste domingo (22), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, comentou os ataques da véspera, afirmando que “a mudança de regime no Irã definitivamente não é nosso objetivo”, e revelou que os EUA estão “prontos para falar com o Irã amanhã para fazer um acordo”.
Ele enfatizou que “os europeus, especialmente britânicos, franceses e alemães, foram bem claros ao dizer que o Irã não pode ter armas nucleares” e que a “Europa deve continuar pressionando o Irã”.
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