Antes de morrer, Gabriella dos Santos Souza, filha de Flordelis, depôs em favor da mãe. A mulher foi encontrada morta, aos 25 anos, numa avenida de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. As suspeitas iniciais da Polícia Civil são a de que ela tenha sido vítima de feminicídio.
De acordo com o atestado de óbito, Gabriella morreu de parada cardiorrespiratória, mas os agentes descobriram mensagens de WhatsApp, onde o parceiro da herdeira da ex-deputada proferia ameaças contra ela. O delegado Marcelo Braga Maia, responsável pelo inquérito, exigiu uma apuração com amigos e familiares.
Testemunha do crime
Vale lembrar que a cantora gospel foi condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do ex-marido, o pastor Anderson do Carmo. Na ocasião, ela atirou 30 vezes, à queima-roupa, contra o pastor evangélico. O caso aconteceu em junho de 2019.
Gabriella foi uma das testemunhas do crime. No tribunal, ela afirmou que o irmão, Daniel dos Santos de Souza, pediu que fosse verificado se Anderson estava vivo, momentos antes dos disparos.
Ela explicou que depois de Carmo ser alvejado, o coração dele ainda estava batendo. O líder espiritual estava caído no chão da garagem, sangrando muito. Daniel, então, pediu que Adriano, outro irmão, chamasse por socorro.
Porém, no meio das investigações, o depoimento de Gabriella foi dispensado por conta de uma condição psiquiátrica. A moça usava remédios controlados e, esse, teria sido o fator para desconsiderar o testemunho.
Reação de Flordelis
Ainda durante conversa, a representante legal de Flordelis, Janira Rocha, revelou para esta jornalista, em primeira mão, a reação dela ao descobrir a morte da filha. “Ela ficou muito mal, arrasada, ainda mais pela impotência de ir ao encontro da filha”, disse, antes de completar:
“Ela se assustou, teve um breve momento de pânico, ficou segundos sem ar, mas se controlou”, definiu, relatando que ainda não falou com Flordelis para saber como passou a noite.
No entanto, Janira destacou que é possível que a cantora gospel não acompanhe o velório e o sepultamento de Gabriella.
“Peticionamos pedindo autorização para ela ir, mas ainda nem temos local e horário. Nossa expectativa é que a Justiça autorize e a Seap [Secretaria de Administração Penitenciária do Estado] não cumpra alegando falta de estrutura para levá-la”, ´pontuou.