A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, criticou a decisão da Câmara dos Deputados de declarar a perda do mandato do agora ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), sem que ele perca os direitos políticos.
A medida foi assinada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), na noite dessa quinta-feira (24/4). Chiquinho é acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, irmã de Anielle.
“Apesar de ser um passo importante para justiça e para a democracia brasileira, nos preocupou muito que as motivações por trás dessa cassação sejam apenas justificadas por faltas e não pela acusação de um possível envolvimento em um assassinato tão vil, tão cruel como que foi o da Marielle e do Anderson”, disse a ministra.
“A manutenção dos direitos políticos de quem mandou matar Marielle é um desrespeito com a sociedade e está exposto assim, na nossa cara”, criticou.
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Motta fez uso da sua prerrogativa para cassar o mandato de Brazão pelo número de faltas do deputado. Como ele foi preso e não se afastou do cargo, continuava com mandato ativo, mas acumulando faltas.
O parlamentar perdeu o mandato mas não foi alvo do processo de cassação que tramitava na Casa que poderia cortar seus direitos políticos para as próximas eleições.