O Ibovespa começou janeiro com um clima bem diferente do ano passado. Se em 2024 ele encerrou o ano sem rali de Natal e com uma queda acumulada de 10%, os primeiros 31 dias de 2025 trouxeram um ganho de 5% para o principal índice da bolsa brasileira.
Assim, até o momento, o Ibovespa teve em janeiro o seu melhor desempenho dos últimos seis meses. Contudo, no final do mês a Selic chegou ao patamar de 13,25% ao ano e os dados do IPCA-15 mostraram que a inflação continua acelerando.
Nesse contexto, entramos em fevereiro com algumas dúvidas. A bolsa ainda tem fôlego para continuar subindo? E será que o ambiente macroeconômico não vai ser um obstáculo para os ativos de risco neste mês?
Apesar das incertezas, Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus Research, está confiante de que “a alta de janeiro pode ter sido só o começo”. E ela aponta 4 motivos para acreditar que a bolsa manterá o sentimento positivo em fevereiro.
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O que está em jogo para a bolsa brasileira em fevereiro?
Embora janeiro tenha sido positivo para a bolsa brasileira, na virada do mês tivemos alguns acontecimentos importantes que podem impactar o desempenho dos ativos de risco brasileiros.
Entre eles, a decisão do Banco Central em aumentar a taxa básica de juros para 13,25% ao ano. Em seguida, tivemos a prévia da inflação que registrou uma alta de 0,11% nos preços de janeiro.
A inflação e os juros mais altos são fatores que podem pesar sobre os ativos de risco. Contudo, o cenário para o mês de fevereiro não é tão ruim quanto parece.
Nesse sentido, Larissa Quaresma aponta quatro motivos para acreditar que o Ibovespa deve seguir entregando bons resultados este mês.
1. Ciclo de alta de juros
De acordo com a analista, a expectativa de que a Selic chegue a 15% ao ano em 2025 já foi precificada desde o final de 2024, quando “caiu a ficha de que a gente atravessaria um aperto monetário muito agressivo”.
Ou seja, boa parte da queda do Ibovespa no final do ano passado já incluía a perspectiva do mercado sobre uma Selic mais alta este ano.
Assim, a decisão do Copom em janeiro, bem como a reunião de março, não devem ter um impacto tão negativo sobre as ações.
2. Manutenção da ‘âncora monetária’
Larissa aponta que a postura do BC na primeira reunião do ano pode ser um gatilho para o Ibovespa. Ela explica que a troca de comando na autoridade monetária era um fator de preocupação.
Muitos investidores se questionavam se Gabriel Galípolo cumpriria o forward guidance deixado por Campos Neto, de uma alta de 100 pontos-base na primeira reunião de 2025. Além de reforçar a possibilidade de uma segunda alta de 1 ponto percentual em março.
A analista aponta que tivemos uma resposta favorável para tais questionamentos e, por isso, embora a alta da Selic seja ruim para os ativos de risco, “estamos vendo essa âncora monetária se materializar”.
Ou seja, a postura do Banco Central tende a ter mais impactos positivos para a bolsa neste momento.
3. Temporada de resultados do 4T24
O mês de fevereiro também será marcado pela temporada de resultados do 4º trimestre de 2024. Larissa explica que a divulgação dos balanços das empresas costuma ser um gatilho para ações.
Além disso, ela aponta que, junto com os números do 4º trimestre, as companhias costumam divulgar o guidance para o ano. Ou seja, nesta primeira temporada de resultados os investidores vão saber como foi o último trimestre das empresas em 2024 e o que esperar dessas companhias ao longo de 2025.
Segundo Larissa, as expectativas são boas, especialmente para empresas com receita em dólar. Nesses casos, os resultados influenciados pela alta da moeda norte-americana, podem trazer fôlego para as ações.
4. Valuation atrativos
Por fim, Quaresma destaca que, embora a bolsa tenha andado em janeiro, “não podemos esquecer que 2024 foi um ano muito ruim para as ações”.
Na visão da analista, as ações brasileiras continuam muito descontadas e “qualquer gatilho positivo tem um efeito muito poderoso”, pontua.
Ou seja, levando em conta esses fatores, Larissa enxerga que há um caminho para que esse movimento de alta das ações continue em fevereiro.
Contudo, ela faz dois alertas para os investidores: “teremos muita volatilidade” e “não será um ano fácil para a economia real”.
Qual a estratégia para investir em fevereiro?
Segundo Larissa, se, por um lado, a alta dos juros pode trazer certo alívio para os investidores, no curto prazo este fator pode impactar as atividades.
A analista aponta que alguns indicadores de dezembro já sinalizavam uma desaceleração da economia, com destaque para contração da atividade na indústria e redução de vagas de trabalho.
Assim, na visão de Quaresma, a estratégia para continuar investindo na bolsa é apostar em:
- Empresas resilientes às variáveis macroeconômicas;
- Com baixa alavancagem;
- Com capacidade de repassar custos; e
- Que tenham receita dolarizada.
Para este mês, Larissa ainda aponta que a retração do dólar e a alta da bolsa em janeiro abriram uma oportunidade para o investidor aumentar a defensividade na carteira.
Nesse sentido, uma das apostas da Carteira 10 Ideias, comandada pela a analista e que reúne as melhores ações para investir no mês, é a ação de Suzano (SUZB3).
Larissa acredita que a companhia deve entregar um excelente resultado no 4T24, puxado especialmente pela alta do dólar.
Contudo, Suzano é apenas uma das apostas da casa para este mês. E a boa notícia é que você pode conhecer todas as 10 ações para investir em fevereiro de graça.
Larissa Quaresma participou do Onde Investir, programa do Seu Dinheiro e liberou o acesso à carteira 10 ideias da Empiricus Research de forma 100% gratuita.
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