À medida que os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) ganham cada vez mais espaço na carteira dos brasileiros, o Agibank anunciou nesta sexta-feira (30) sua estreia neste mercado, com direito a uma captação de R$ 2 bilhões.
A operação marca a primeira estruturação do banco em um FIDC lastreado em recebíveis de crédito consignado.
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“Essa emissão inaugura uma nova frente no nosso plano de funding, com um instrumento que combina eficiência, profundidade de mercado e previsibilidade para sustentar a expansão da carteira”, disse Marcello Dubeux, diretor de tesouraria e relações com investidores do Agibank, em nota.
O objetivo da transação foi ampliar o leque de instrumentos estruturados da instituição para “diversificação de funding e acesso a linhas committed (garantidas)”.
A estreia do Agibank no mercado de FIDC
Com prazo máximo de dez anos, o fundo atraiu 20 investidores institucionais. Segundo o banco, a transação contou registrou demanda três vezes superior à oferta.
De acordo com a instituição, a “forte demanda de investidores institucionais” reforça a confiança do mercado na qualidade da originação de crédito da companhia.
O Agibank não abriu a taxa de retorno do FIDC.
De todo modo, o banco pretende destinar os recursos para o funding das operações de crédito do banco.
Com o Santander e o Itaú BBA na coordenação da transação, a operação recebeu rating de crédito ‘AAA.br’ pela agência de classificação de risco Moody’s Local.
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A popularidade dos FIDCs
Apesar da sigla estranha, os FIDCs vêm ganhando popularidade entre os investidores brasileiros, especialmente depois que a CVM liberou o instrumento para pessoas físicas.
Como sugere o nome, os fundos possuem lastro em direitos de crédito que empresas ou bancos têm a receber. Desta forma, eles conseguem antecipar esses recursos, ao mesmo tempo em que os cotistas obtêm retornos que costumam superar o CDI — o indicador de referência da renda fixa.
Mas é preciso atenção: esses fundos investem em títulos de crédito privado, ou seja, dívidas de empresas e pessoas físicas, e carregam riscos relacionados à inadimplência ou calote.
A rentabilidade-alvo maior do que o CDI se dá justamente pelo maior risco dos ativos.
No caso do FIDC do Agibank, o risco do investidor é o da inadimplência dos tomadores dos financiamentos, ainda que nesse caso a possibilidade de calote seja baixa por se tratar de uma carteira de empréstimo consignado.
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