Donald Trump deu a ordem: o preço dos medicamentos prescritos nos EUA deve cair em 59%. Uma notícia boa para os consumidores, mas que coloca pressão sobre as grandes farmacêuticas — e faz as ações dessas empresas enfrentarem um sobe e desce nesta segunda-feira (12).
A medida havia sido anunciada durante o final de semana, mas em postagem nas redes sociais, o presidente norte-americano disse que, além da redução dos preços dos remédios nos EUA, gasolina, energia e custos de outros itens iriam baixar também, fazendo a inflação desacelerar no país.
No entanto, a falta de detalhes da ordem executiva de Trump, até o momento, faz as ações das empresas do setor enfrentarem uma montanha-russa nas bolsas mundo afora.
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Em Wall Street, antes da abertura, os papéis operavam em queda. Por volta de 13h35, no entanto, havia uma recuperação: Eli Lilly subia 2,45%; Pfizer avançava 3,14%; Bristol-Myers e Merck operam com altas de 2,79% e 5,26%, respectivamente.
Na Europa, nem todas as farmacêuticas europeias conseguiram se recuperar ao longo do pregão. AstraZeneca fechou em alta de 1,33%, mas a Novo Nordisk terminou o dia com perdas de 0,65%.
No Brasil, o setor opera majoritariamente em queda neste início de tarde. Hypera (HYPE3), que chegou a recuar mais de 2% no início da sessão, recua 0,87%. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,18%, aos 136.758,17 pontos.
Trump dá prazo para acordo
A ordem de Trump prevê um prazo de 30 dias para o Departamento de Saúde dos EUA negociar novos preços para os medicamentos, de acordo com fontes ouvidas pela Associated Press.
Se um acordo não for alcançado, uma nova regra entrará em vigor, vinculando o preço pago pelos EUA aos medicamentos ao menor preço pago por outros países.
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“A partir de hoje, os EUA não vão mais subsidiar a assistência médica de países estrangeiros, que é o que estávamos fazendo”, disse Trump.
Medicamentos mais baratos: fim da “extorsão” ou mau negócio para os EUA
A redução dos preços dos medicamentos nos EUA também veio acompanhada de uma instrução de Trump para que autoridades de sua administração investiguem países estrangeiros que “extorquem” empresas farmacêuticas.
Mehmet Oz, ex-apresentador de TV e atual administrador dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid, ressaltou que ele e outras autoridades de saúde iniciarão conversas com os fabricantes de medicamentos para discutir a redução de preços nos próximos 30 dias.
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Para a Associated Press, o principal lobby farmacêutico dos EUA afirmou que considera a ordem de Trump um “mau negócio” para os pacientes norte-americanos.
As farmacêuticas há muito argumentam que qualquer ameaça aos seus lucros pode impactar as pesquisas que realizam para desenvolver novos medicamentos.
*Com informações da Associated Press
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