Em um dia negativo para as ações ligadas ao petróleo, a Brava Energia (BRAV3) emerge no Ibovespa como uma das poucas exceções do setor de óleo e gás a ocupar o campo positivo nesta sexta-feira (31).
Por volta das 15h20, os papéis BRAV3 subiam 1,39%, negociados a R$ 22,57. Nas máximas do dia, os ativos chegaram a saltar 6,24%, para a marca de R$ 23,65.
O principal catalisador do desempenho positivo da companhia hoje era a expectativa de uma potencial venda de ativos onshore para a Fluxus, empresa brasileira de petróleo e gás que pertence ao grupo J&F, a holding dos irmãos Batista.
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No entanto, a Fluxus anunciou nesta tarde a desistência da oferta pelos ativos. Em nota, a companhia esclareceu que foi convidada a participar do processo competitivo por determinados ativos terrestres da Brava e, posteriormente, para seguir para a segunda fase.
Neste segundo momento, após análises preliminares de informações necessárias para a formulação de uma proposta vinculante, a empresa decidiu não seguir no processo.
A Brava, que surgiu a partir da fusão entre 3R Petroleum e Enauta, informou no início deste mês que recebeu duas propostas de interessados na aquisição de ativos do portfólio onshore e de águas rasas da companhia.
Segundo a Reuters, a petroleira recebeu recentemente cinco propostas não vinculantes. O mercado avalia os ativos onshore da Brava em cerca de US$ 1,9 bilhão.
Otimismo com as ações da Brava Energia (BRAV3)
Apesar da frustração com a operação, um outro fator ainda sustenta as ações BRAV3 no campo positivo: o otimismo dos analistas do Citi com o futuro das ações da petroleira junior.
O banco manteve recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 36,00, o que implica uma valorização potencial de 61,7% em relação ao último fechamento.
A manutenção da visão positiva dos analistas deu-se após mudanças no topo da Brava. O conselho de administração da companhia nomeou um novo chefe de operações (COO) para os negócios offshore.
Como o atual COO, Carlos Mastrangelo, decidiu que encerrará seu mandato em abril deste ano, por motivos pessoais, o conselho aprovou a nomeação de Carlos Travassos para substituí-lo no cargo nos próximos meses.
“Vemos a saída de Mastrangelo como neutra para a tese de investimento e sem grandes surpresas, pois ele conseguiu iniciar o sistema definitivo para o Campo de Atlanta, marcando seu legado em Brava e Enauta. Mas vemos a nomeação de Travassos como positiva, pois ele tem ampla experiência na indústria de óleo e gás”, avaliaram os analistas.
Na visão de Rafael Passos, sócio-fundador da Ajax Asset, esse movimento é fundamental para desalavancagem da Brava e Travassos possui um “excelente histórico no setor”.
*Com informações do Money Times, Pipeline e da Reuters
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