Entre as histórias abertas com a inauguração do novo prédio do MASP, uma se destaca: é uma travessia. Antes no segundo subsolo do icônico Edifício Lina Bo Bardi, o restaurante A Baianeira agora passa a funcionar no Edifício Pietro Maria Bardi, o novíssimo monolito negro do museu na Avenida Paulista.
Instalado no MASP desde 2019, o espaço da chef Manu Ferraz estendeu ao museu sua proposta, fundada há pouco mais de uma década num simpático sobrado da rua Dona Elisa, na Barra Funda. Por lá, expandiu seu olhar sobre os limites entre Bahia e Minas Gerais como uma janela para a cozinha brasileira. No caminho, acabou ganhando o selo Bib Gourmand no Guia Michelin.
“Sempre pensei a Baianeira como um grande espetáculo diário onde a narrativa são as cozinhas do Brasil em sua imensidão e pluralidade – seja de casa, de rua, de festa, de religiosidades, de festejos, de domingos…”, refletiu Manu Ferraz ao Seu Dinheiro.

No comando de três endereços (além dos restaurantes do MASP e da Barra Funda, ela abriu no último ano seu próprio Boteco de Manu na rua Lavradio), a chef se prepara agora para entrar em um palco ainda mais destacado: o andar térreo do novo prédio MASP.
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De frente com a rua, A Baianeira traz consigo parte fundamental da instalação anterior: as emblemáticas cadeiras de Lina Bo Bardi. Na mudança, também pinta de preto os objetos de terracota que se tornaram sinônimo do restaurante; atualiza o uniforme da equipe, agora com assinatura de André Namitala, da Handred; e renova o cardápio, como um novo capítulo da história que Manu conta nos pratos.
O que vem para A Baianeira
Nas novas instalações, o menu d’A Baianeira ganha o galeto ao falso molho pardo, cogumelos e purê de mandioquinha (R$ 78), em que o sangue da receita tradicional é substituído por um denso molho de
chocolate.

A moqueca de ostra e ovo caipira (R$ 110), um especial recorrente da sede MASP do restaurante, também entra de vez no cardápio.
Outro destaque vai para o bacalhau com caruru, que acompanha batatas torneadas (R$ 143) – quem já provou a lasanha de bacalhau servida em alguns sábados no Boteco de Manu sabe que mão para o peixe a chefe tem.

Entre as entradas, encampam a mudança a vieira com banana e calda de maracujá (R$ 46); a barriga de porco e feijões (R$ 42); e o mini arroz de jambu e presunto cru (R$ 44), resultado de uma recente visita da chef ao Pará.
“Vou fazendo ensaios diversos com tudo aquilo que vou vivendo, pesquisando, experimentando, trocando, observando e modificando”, explica Manu. “Sou uma apaixonada pelo meu caminho e uma guardiã daquilo é Brasil.”

O que fica n’A Baianeira
Do menu antigo, ficam o picadinho de carne de panela (R$ 69) e o baião de dois, em três versões: sirizado (R$ 78), com carne de panela (R$ 69) e vegetariano (R$ 65), destaques também n’A Baianeira Barra Funda.
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Às quartas e sábados, entra na programação a Feijoada Maravilha, com costelinha defumada, carne seca, linguiça, couve, laranja, farofa e molho de pimenta de banana da terra (R$ 85).
Como sobremesas, a casa oferece o manjar de coco com ameixa e calda de rapadura (R$ 30) e o (imperdível!) mousse de cupuaçu com castanhas do Pará e ganache de chocolate da Misson, de Arcélia Gallardo (R$ 32).

Nas bebidas, a carta de vinhos vem repaginada pelas sommelières Daniela Bravin e Cassia Campos. E como novidade a casa ganha um bar, com carta de coquetéis assinada por Chula Barmaid, que, além de incluir uma seção dedicada à versatilidade do café na coquetelaria, traz ainda uma proposta de criações baseadas na transformação.
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