Elon Musk vai precisar se explicar para Emmanuel Macron. Procuradores franceses abriram uma investigação contra o X, ex-Twitter, a partir de acusações de que a empresa estaria distorcendo o algoritmo para manipular as discussões na rede social.
O Ministério Público de Paris informou ter recebido, no dia 12 de janeiro, um relatório de um parlamentar francês criticando o X por “algoritmos enviesados” que eram “provavelmente suscetíveis de ter distorcido o funcionamento de um sistema automatizado de tratamento de dados”.
Magistrados e assistentes especializados da seção de crimes cibernéticos do gabinete foram encarregados de analisar o relatório e realizar verificações técnicas iniciais na plataforma, disse o Ministério Público parisiense à CNBC.
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A rádio francesa Franceinfo informou que o parlamentar responsável pelo relatório seria Eric Bothorel, pertencente ao mesmo partido de Macron.
Esta não é a primeira vez que o X é acusado de más práticas na moderação de conteúdo.
Não é o primeiro processo do X na União Europeia
No momento, o ex-Twitter também está sendo investigado pela União Europeia (UE) por potenciais violações da Lei dos Serviços Digitais, que obriga as empresas de rede sociais a combaterem a disseminação de conteúdo nocivo nas plataformas.
Em janeiro, a Comissão Europeia, que é o braço executivo da UE, pediu ao X que entregasse documentos internos sobre os algoritmos até o dia 15 de fevereiro, como parte da investigação.
A rede social de Elon Musk é acusada pela UE de manipular os sistemas, favorecendo as postagens de políticos de extrema-direita em detrimento de publicações de outros grupos políticos.
- Vale lembrar que o bilionário já fez várias declarações públicas na Alemanha demonstrando apoio ao partido de extrema-direita, Alternative für Deutschland (AfD).
As eleições alemãs, que foram antecipadas, acontecem no dia 23 de fevereiro. O AfD está como segundo favorito para a vitória.
A necessidade de antecipar a eleição surgiu após uma série de impasses no parlamento em torno do orçamento e da dívida pública alemã.
O chanceler Olaf Scholz, líder dos Social-Democratas (SPD) de centro-esquerda, dissolveu a aliança de três partidos ao demitir o ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Democrático Liberal (FDP), pondo fim à coalizão com os Verdes e os Democratas Livres.
Com o colapso da coalizão, Scholz perdeu a maioria no Bundestag (câmara baixa), agravando sua posição política. “Especialmente em tempos difíceis como os de agora, um governo eficaz e maiorias confiáveis no parlamento são necessários para a estabilidade”, declarou Steinmeier em um pronunciamento transmitido pela televisão.
* Com informações da CNBC.
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