Lideranças do PL na Câmara estão temerosas sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que na última quinta-feira (30/1) cassou o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Isso porque, na opinião de caciques do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, não será possível argumentar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o caso da parlamentar é semelhante ao do ex-deputado Deltan Dallagnol.
Quando Dallagnol foi cassado, seus votos foram mantidos em favor de seu partido na época, o Podemos. Assim, a sigla conseguiu diplomar o suplente do ex-procurador da Lava Jato, deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR).
No caso de Zambelli, o próprio TRE decidiu que os 946.244 votos recebidos pela deputada em 2022 devem ser anulados. Isso traria um prejuízo à atual bancada do PL, já que Zambelli foi uma das puxadoras de votos do partido.
Nos bastidores, mandatários do PL afirmam que irão fazer um esforço conjunto para manter o mandato e os votos de Zambelli. Isso inclui pedidos ao novo presidente da Câmara, Hugo Motta.
Em entrevista ao Metrópoles, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que uma das prioridades da bancada para 2025 é a defesa das prerrogativas dos parlamentares.
“Eu espero que Hugo Motta, especialmente em defesa das prerrogativas, não deixe que tribunais retirem os votos de pessoas legitimamente eleitas”, afirmou Nikolas.
Veja a entrevista com Nikolas Ferreira: