O varejo é um dos setores da bolsa brasileira que mais causa torções de nariz entre os investidores hoje. A aversão tomou conta de boa parte do mercado, que teme os impactos nas ações — e nas finanças — dos duros apertos nos juros contratados para 2025.
No entanto, para o BTG Pactual, ainda há empresas do varejo que não apenas podem se salvar do mau momento da B3 em 2025 como também estão com preços atrativos para investir.
- SAIBA MAIS: Seu bolso está preparado para investir em 2025? Participe do evento do Seu Dinheiro e veja recomendações de alocação de especialistas
Segundo os analistas, em tempos de maior aversão ao risco, a questão não é apenas sobre as ações estarem baratas, mas também sobre o espaço para revisões negativas de lucros e uma possível desvalorização do setor — tendência que persiste desde 2021.
É por isso que, com possíveis revisões negativas para players mais alavancados nos próximos trimestres, o BTG possui um mantra claro para investir no varejo: baixa alavancagem financeira, momento operacional sólido e avaliação atraente.
O banco elegeu cinco papéis da bolsa que cumprem com esses requisitos — e hoje são os favoritos dos analistas no setor de varejo da B3:
- Mercado Livre (MELI34)
- Grupo Mateus (GMAT3)
- Lojas Renner (LREN3)
- Vivara (VIVA3)
- Smart Fit (SMFT3)
O que esperar dos balanços do setor de varejo no 4T24
É verdade que as preocupações com a situação da economia brasileira e do consumo devido ao aumento do custo de capital representam um desafio para a alocação de recursos e crescimento das empresas nos próximos trimestres.
No entanto, o BTG prevê que o quarto trimestre de 2024 tenha encerrado o ano “de forma razoável”, com crescimento do lucro, receita líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o segmento.
O setor de consumo discricionário — de gastos não essenciais, como moda, eletrônicos e turismo, por exemplo — deve continuar com uma tendência decente no 4T24, segundo os analistas.
No e-commerce, o dilema entre crescimento e lucratividade continua a se fazer presente.
É por isso que o BTG vê três tendências para a maioria dos players de varejo digital no Brasil nos próximos trimestres:
- Crescimento modesto do GMV (volume bruto de mercadorias, indicador de volume de receita gerada nos canais digitais);
- Foco na lucratividade (menor exposição a categorias não lucrativas e maior take-rate, a taxa de comissão sobre a venda dos parceiros no marketplace) e preservação de caixa; e
- Maior consolidação no mercado em meio ao cenário macroeconômico desfavorável.
A expectativa do banco para o varejo alimentar também é negativa. Isso porque os gigantes dos supermercados seguem enfrentando dificuldades devido ao cenário altamente competitivo — e nem mesmo a inflação de alimentos mais elevada no Brasil está sendo capaz de compensar o impacto.
The post As ações do varejo que podem se salvar em 2025: BTG elege 5 papéis favoritos para investir na bolsa mesmo com juros altos appeared first on Seu Dinheiro.