O BTG Pactual (BPAC11) anunciou na madrugada desta terça-feira (07) a aquisição da Julius Baer Brasil, a divisão brasileira de gestão de patrimônio, por R$ 615 milhões.
Uma das principais gestoras independentes do país e líder no segmento de wealth management (gestão de fortunas), a Julius Baer Brasil atualmente possui em torno de R$ 61 bilhões em ativos sob administração.
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A unidade brasileira da gestora suíça conta com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, onde atende a clientes nos segmentos de alta e ultra-alta renda, gestores de relacionamento e profissionais de investimento.
De acordo com o comunicado enviado à CVM, a aquisição da Julius Baer Brasil faz parte da estratégia de expansão do segmento de family office do BTG.
Uma vez concluída a operação, a unidade de negócios do banco passará a gerir mais de R$ 100 bilhões em ativos.
As ações do BTG iniciaram o pregão no azul e figuravam entre as maiores altas do Ibovespa pela manhã. Por volta das 10h30, os papéis subiam 2,94%, negociados a R$ 28,36.
A Julius Baer no Brasil após a compra pelo BTG Pactual (BPAC11)
O fechamento da transação de venda da Julius Baer Brasil para o BTG Pactual (BPAC11) está condicionado ao cumprimento de condições precedentes, incluindo aprovações regulatórias como o aval do Banco Central.
A expectativa é que o negócio seja concluído ainda no primeiro trimestre de 2025.
Mesmo com a venda para o BTG Pactual (BPAC11), a Julius Baer vai continuar a atender os clientes brasileiros a partir de outras localidades.
Ou seja, o negócio internacional da gestora no Brasil segue inalterado.
Na região das Américas e Península Ibérica, a Julius Baer tem presença no México, Chile, Uruguai, Colômbia e Espanha.
“Após uma revisão completa de nossos negócios domésticos no Brasil ao longo dos últimos 12 meses, concluímos que, para o benefício dos nossos clientes, é importante que preservemos a abordagem de multi-family office enquanto aprimoramos as capacidades de investimento e a tecnologia. A aquisição de nossa franquia brasileira doméstica pelo BTG torna isso possível e permite oferecer uma proposta de valor atraente e diferenciada”, disse Carlos Recoder, head da região Américas e Península Ibérica da Julius Baer.
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Segundo o NeoFeed, a decisão da Julius Baer de vender a divisão brasileira de gestão de fortunas vem num momento de declínio da operação no país.
Além de ver os ativos sob gestão caírem de R$ 80 bilhões para R$ 61 bilhões nos últimos anos, a unidade brasileira também tem operado no vermelho, forçando a gigante suíça a injetar R$ 300 milhões em 2024, de acordo com o Brazil Journal.
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