Se muita gente pulou sete ondas para ter um ano melhor, esqueceu de incluir o Ibovespa e o dólar nos pedidos — pelo menos é o que mostra o primeiro pregão de 2025. Tanto o principal índice da bolsa brasileira como a moeda norte-americana ainda seguem a trilha deixada por 2024.
O Ibovespa abriu a sessão em queda, ainda pressionado pelas incertezas fiscais que tomaram conta das negociações no ano passado — o impasse sobre as emendas parlamentares ainda representa um desafio em relação ao ajuste das contas públicas.
Com a agenda de indicadores esvaziada no Brasil e a liquidez moderada com a volta do feriado, nem mesmo os ganhos em Nova York e o avanço das commodities ajudam a bolsa brasileira a entrar em 2025 com o pé direito.
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O petróleo, por exemplo, sobe mais de 1% no mercado externo, ajudando as ações da Petrobras (PETR4) a avançarem 1,19%.
Já o contrato mais negociado do minério de ferro — para maio de 2025 — no mercado futuro de Dalian fechou em alta de 1,56%, a 782 yuans por tonelada ou US$ 107,13, dando impulso aos papéis da Vale (VALE3), que sobem 0,66%.
Depois de renovar uma série de mínimas ao longo da manhã e tocar o pior nível em seis meses, o Ibovespa caía 0,37%, aos 119.837,25 pontos por volta de 12h.
Na ponta positiva do índice aparecem CVC (CVCB3), que depois de voltar do leilão por oscilação máxima permitida, sobe 8,70%; Brava Energia (BRAV3), que sobe 3,23% e Automob (AMOB3), com ganho de 2,94%.
Mais cedo, as ações da Brava chegaram ao topo do Ibovespa, embaladas pela notícia da aquisição de uma participação no Parque das Conchas por R$ 150 milhões e pela autorização para iniciar a produção em um navio-plataforma.
Na ponta negativa, Eneva (ENEV3) cai 7,22%, seguida pelas perdas de Vamos (VAMO3) e de Marfrig (MRFG3), que recuam 5,75% e 4,00%, respectivamente.
Por volta de 12h, no mercado de câmbio, o dólar à vista subia 0,32%, cotado a R$ 6,1997, também influenciado pelas incertezas fiscais que afetam o Ibovespa.
Assim como o Ibovespa, as bolsas lá foram também caem?
Já Wall Street parece que fez a lição de casa dos rituais da virada do ano e começa 2025 com o pé direito.
Enquanto o Dow Jones avançou 300 pontos na abertura, o S&P 500 e o Nasdaq também operam em alta, deixando os últimos dias de perdas de 2024 para trás.
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Os três principais índices de ações de Nova York terminaram o ano passado com ganhos sólidos. O S&P 500 subiu 23%, o Dow avançou quase 13% e o Nasdaq, alimentado pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial, teve alta de mais de 29%.
A semana encurtada pelo feriado é fraca em dados econômicos, mas um relatório de pedidos de auxílio-desemprego divulgado nesta quinta-feira (2) mostrou que tanto as solicitações iniciais quanto as contínuas caíram semana após semana.
Na Europa, as bolsas operam sem uma direção comum, com a maioria dos principais mercados em alta. As ações de óleo e gás lideram os avanços junto com as utilities (prestadores de serviços básicos), enquanto bancos e automotivos perdem.
Dados mais fracos da indústria na Alemanha e na França referentes a dezembro também ajudam a segurar o desempenho das bolsas no Velho Continente.
Na Ásia, as bolsas também fecharam sem uma direção comum, com a China liderando o pelotão das perdas depois de dados fracos da indústria local.
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