Antes das luzes oficialmente se apagarem para a AES Brasil na B3 com a incorporação pela Auren (AURE3), as ações AESB3 atraíram os holofotes dos investidores na tarde desta segunda-feira (38) — e não por um motivo lá muito positivo.
Pelo contrário, aliás. Por volta das 16h25, os papéis da companhia de geração de energias renováveis desabavam 22,85% para as mínimas históricas, a R$ 8,88, e lideravam as quedas da bolsa brasileira hoje.
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O tombo das ações acontece na semana de fechamento da combinação de negócios entre a AES e a Auren — que resultará no fim das negociações dos papéis AESB3 na bolsa a partir de quinta-feira (31).
Pelo calendário, os acionistas da AESB3 terão até esta terça-feira (29) para escolher uma opção de troca de ações em meio à fusão.
Entre as possibilidades, os investidores podem optar por receber a quantia totalmente em dinheiro ou ainda uma parcela em caixa e outra parte em ações da Auren (AURE3) ao fim da operação.
Confira as opções:
- Opção 1: R$ 1,18438832610 e 0,67498865568 novas ações Auren;
- Opção 2: R$5,92194163050 e 0,37499369760 novas ações Auren; ou
- Opção 3: R$ 11,84388326100 em moeda corrente nacional.
No entanto, aqueles investidores que não se manifestarem até amanhã automaticamente acabarão com a Opção 1 — considerada a padrão aplicável para todos os acionistas da AES que não tiverem feito a escolha dentro do prazo determinado.
Segundo fontes de mercado, a queda das ações da AES Brasil (AESB3) nesta segunda-feira sinaliza uma convergência dos papéis para a cifra implícita na Opção 1.
Considerando as cotações das ações da Auren (AURE3) hoje, esta opção corresponderia a algo próximo de R$ 8,30 — isto é, apenas 6,5% abaixo das cotações de tela de AESB3 nesta tarde.
Portanto, quem já é acionista da AES Brasil em tese não deveria se preocupar com a queda de hoje, já que pode ainda pode optar por vender os papéis para a Auren a R$ 11,84 (opção 3). O único risco seria o de uma reviravolta que levasse a um eventual cancelamento do negócio.
Além da fusão entre a AES Brasil (AESB3) e a Auren
Além da fusão com a Auren, o mercado ainda aguarda a divulgação do balanço da AES Brasil (AESB3) no terceiro trimestre nesta quarta-feira (30), após o fechamento dos mercados. Você confere a agenda completa de resultados do 3T24 aqui.
É importante lembrar que há alguns trimestres a empresa sente pressão sobre as finanças — especialmente devido à volatilidade da geração das energias renováveis.
Se por um lado a receita manteve ritmo de crescimento, por outro, a empresa continuou a registrar prejuízo no segundo trimestre de 2024. As perdas foram de R$ 108,7 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 35,9 milhões apurado no mesmo intervalo do ano passado.
O custo da AES Brasil com energia, que considera encargos setoriais e de transmissão, também piorou 26,7% no comparativo ano a ano, somando gastos da ordem de R$ 313,8 milhões.
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Enquanto isso, a geração total de energia caiu 17,9% em base anual, para 3,2 mil gigawatts-hora no segundo trimestre de 2024.
Em meio a fortes secas e a condições climáticas cada vez mais adversas no país, a geração de energia hídrica da AES despencou 37% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a solar caiu 4,8%.
O desempenho negativo mais do que compensou o avanço da geração eólica, de 32,2% entre julho e setembro na base anual.
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