As ações da Hapvida (HAPV3) estão na enfermaria da bolsa nesta terça-feira (17). Os papéis chegaram a cair 18% na mínima da sessão e a recuperação deve ser lenta, segundo as previsões de grandes bancos.
O Citi, por exemplo, fez uma análise das propostas da Agência Nacional de Saúde (ANS) para planos coletivos e diz que as mudanças são negativas, com potencial para reduzir a flexibilidade financeira e enfraquecer a lucratividade desse tipo de plano.
Nesse cenário, o banco norte-americano diz que a Hapvida é a mais exposta.
Na mesma linha, o BTG Pactual avalia que o novo marco pode penalizar a Hapvida por ser um das operadoras mais eficientes, já que a companhia é a provedora de menor custo do setor.
O Goldman Sachs destaca ainda que as mudanças podem limitar a flexibilidade dos reajustes de preços pela Hapvida, também considerando o nível de eficiência da empresa.
Por volta de 14h, HAPV3 recuava 14,01%, cotadas a R$ 2,21. As ações da Hapvida caminham para encerrar o ano com perda de mais de 50%. Apenas em dezembro, o papel já acumula baixa de 30%.
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Hapvida: a mais exposta pelas mudanças que a ANS que fazer
A ANS propõe mudanças como a expansão do pool de risco de 29 para até 1.000 vidas em contratos corporativos e para todos os planos de afinidade.
As operadoras deverão optar se o reajuste será feito com base em índice de sinistralidade ou financeiro, não podendo acumular ambos.
Segundo o Citi, a Hapvida é a mais exposta por ter 43% dos contratos corporativos atualmente situados entre 30 e 999 vidas por contrato.
Além disso, a ANS também quer padronizar as regras de rescisão com contratos de Microempreendedor Individual (MEI), exigindo cancelamentos apenas na data de aniversário e com aviso prévio de 60 dias.
A mudança também visa estabelecer a obrigatoriedade da venda on-line para os planos individuais/familiares, coletivos por adesão e empresariais. Para facilitar o acesso ao produto.
“A combinação potencial de contratos de Pequenas e Médias Empresas e de afinidade na mesma pool deve aumentar naturalmente a incerteza atuarial”, diz o Citi em relatório.
As propostas da ANS ainda serão debatidas em audiência pública.
Na avaliação do BTG, “as mudanças foram frustrantes e que devem gerar mais discussão e controvérsia”.
“É desnecessário dizer que esse potencial marco regulatório sobre a precificação dos contratos seria negativo para toda a cadeia privada de saúde”, diz o banco.
*Com informações do Money Times
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