Já se passaram quase 16 anos desde a criação do bitcoin (BTC) por Satoshi Nakamoto e o sonho de uma moeda descentralizada, que funcionasse sem a necessidade de intermediários como bancos ou governos, já não é mais o mesmo. A eleição de Donald Trump abriu as portas para a possibilidade de uma regulamentação favorável às criptomoedas, e grandes bancos estão prontos para garantir seu espaço.
Nesta terça-feira (10), David Solomon, CEO do Goldman Sachs — um dos maiores e mais influentes bancos de investimento do mundo —, afirmou que pode considerar negociações de bitcoin e ethereum (ETH) se as regulamentações nos EUA mudarem. E, se os sinais de Trump indicam algo, é que essa possibilidade é real.
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Goldman Sachs e o mercado de bitcoin
Solomon respondeu à editora de finanças da Reuters nos EUA, Lananh Nguyen, sobre se o banco poderia “criar mercados em bitcoin ou ethereum“, e a resposta ainda não é um sim, mas foi relativamente positiva.
Para que o Goldman possa avaliar corretamente a entrada direta nesse setor, a única condição seria um cenário regulatório mais favorável.
“Se a estrutura regulatória mudar, nós avaliaremos isso, mas, no momento, não temos permissão para fazê-lo”, disse.
Ele também reiterou que considera o bitcoin um “ativo especulativo”, mas reconheceu o crescente interesse dos investidores.
A eleição de Trump e suas promessas de campanha indicam uma mudança brusca no cenário regulatório para criptoativos. Antes das eleições, o republicano afirmou que criaria uma reserva estratégica de bitcoin e aliviaria as pressões regulatórias sobre o mercado.
Após a vitória, um passo importante já foi dado: a nomeação de Paul Atkins como o novo presidente da Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM no Brasil). Atkins é reconhecido como um entusiasta do mercado de ativos digitais, tanto que, poucas horas após sua indicação, o bitcoin ultrapassou a barreira histórica dos US$ 100 mil.
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Um pé dentro do barco
Para Solomon, “essas tecnologias estão recebendo muita atenção no momento porque há uma visão de que o quadro regulatório evoluirá de forma diferente do que parecia estar evoluindo sob a administração anterior”.
Ele destacou, no entanto, que ainda não está claro como as regras irão mudar.
O Goldman Sachs, que lançou uma mesa de criptoativos em 2021, já participou de testes na Canton Network — uma rede interoperável de ativos institucionais criada pela Digital Asset Holdings.
O banco também observou um crescimento no interesse de seus clientes hedge funds por produtos relacionados a criptoativos.
O cenário parece estar apenas começando, e, com os ventos políticos se movendo em direção a uma abordagem mais amigável às criptomoedas, o movimento dos grandes bancos no setor pode se intensificar nos próximos capítulos.
*Com informações do The Block
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