Assim como as estrelas que estampam a camisa são motivo de orgulho para toda seleção que já ganhou uma Copa do Mundo, no mundo da gastronomia, as estrelas também são um indicativo de sucesso – se forem Michelin.
Talvez você já tenha visto no filme Ratatouille ou na série da Netflix, Emily em Paris, todo o frenesi que envolve o processo por trás de uma estrela Michelin. Dentro da cozinha, chefs trabalham e esperam ansiosamente por esse reconhecimento, que é como um Oscar da culinária. Fora, turistas buscam por restaurantes estrelados para conhecer em viagens.
Para saborear um prato em um lugar premiado, é preciso ter dinheiro. O reconhecimento é servido junto com um menu salgado e uma fila de espera farta.
Entre os 3.592 restaurantes com estrela Michelin ao redor do mundo, dez se destacam pelo preço ainda mais elevado do que o padrão.
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No ranking feito pela revista especializada Chef’s Pencil, o menu degustação mais barato custa US$ 685 (R$ 4.183) por pessoa.
A questão é: o que justifica tamanho investimento em uma experiência que dura poucas horas (e logo é digerida pelo seu estômago)? O Seu Dinheiro foi atrás dos principais diferenciais oferecidos pelos restaurantes mais caros do guia.
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Com 4 restaurantes na lista, incluindo o top 1, a cidade de Tóquio se destaca pela cena gastronômica premiada e extremamente custosa.
Por US$ 2.130 (R$ 12.885), você pode experimentar o menu degustação mais exclusivo e caro do guia: Echizen crab “Kiwami”, do restaurante Ginza Kitafuku. O preço não inclui a taxa de serviço.
O motivo do valor tão elevado é o elemento contido no prato principal: um caranguejo-das-neves pescado exclusivamente na costa de Echizen, ao norte da capital japonesa.
Com uma carne doce e macia, o animal é um queridinho da família imperial e tem que seguir critérios rígidos para ser considerado “Kiwami” – que é justamente o usado no prato do restaurante. Em 2021, apenas 67 caranguejos receberam a distinção.
O preço do menu fica até “barato” quando se olha o preço específico do elemento principal: um Kiwami sai de US$ 500 a até US$ 7.000 no mercado japonês.
Ainda em Tóquio, dá também para provar o menu “mais barato” da lista, por US$ 685 (R$ 4.183), no restaurante Ginza Fukuju. No estilo kaiseki, a refeição é servida em múltiplos pratos sofisticados, incluindo elementos típicos da culinária local.
Considerada uma experiência “obrigatória” em visita ao Japão, o menu estilo kaiseki pode ser encontrado em restaurantes mais acessíveis, mas é conhecido por ser caro.
Além da Estátua da Liberdade
Um pouco mais perto do Brasil, Nova York é a casa de dois dos restaurantes mais caros do guia Michelin.
No 4º lugar geral da lista, está o Caviar Russe, que já denuncia a especialidade no nome. Um menu de 11 etapas, centrado em pratos com caviar, sai por US$ 975 (R$ 5.880), sem serviço, ganhando o título de restaurante Michelin mais caro dos Estados Unidos.
Já o top 5 é reservado para o Masa, que, apesar de estar em terras estadunidenses, é especialista em culinária japonesa.
Por US$ 950 (R$ 5.700), você experimenta um menu com trufas perfumadas, caviar Ossetra e guarnições vibrantes, que, nas palavras da revista Chef’s Pencil, “equilibra luxo e arte”.
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Não poderia faltar Paris
Premiado pela quinta vez consecutiva como o melhor restaurante do mundo pela renomada La Liste, o Guy Savoy é o restaurante mais caro da França.
O menu degustação “Colours, Textures & Flavours” sai por US$ 715 (R$ 4.320) e contempla 13 pratos com o suprassumo da sofisticação da culinária francesa.
Um menu mais acessível, para quem quer conhecer o restaurante, pode ser encontrado por € 260 (R$ 1.650), no almoço.
A lista ainda contempla um restaurante em São Francisco, nos Estados Unidos, e um em Copenhagen, na Dinamarca.
* Com informações da Chef’s Pencil.
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