Sem saída diante da decisão de Hugo Motta (Republicanos-PB) de votar a urgência do projeto que derruba o decreto do IOF, a liderança do governo na Câmara pretende liberar a bancada governista na votação.
O motivo, segundo interlocutores do líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), seria o acerto com Motta para que apenas a urgência seja votada nesta segunda-feira (16/6), e não o mérito do projeto em si.
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O atual líder do governo na Câmara, José Guimarães
Mário Agra/Câmara dos Deputados2 de 3
O líder do governo na Câmara, deputado Zé Guimarães
Bruno Spada / Câmara dos Deputadas3 de 3
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou o aumento de impostos
Ian Rassari/Divulgação
O acordo foi fechado em reunião de Motta com ministros do governo nesta segunda. Pelo acerto, os deputados prometeram dar duas semanas para o governo buscar alteranativas, antes de votar o mérito do projeto.
Assim, o Palácio do Planalto ganha ao menos 15 dias para propor novas medidas de contenção de gastos e convocar novas rodadas de conversas para manter a maior parte da proposta que taxa alguns fundos de investimento.
“Vão-se os anéis, ficam os dedos”, disse, em reservado, um importante aliado do governo Lula na Câmara.
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A urgência para derrubar o decreto do IOF começou a ser discutida pelos líderes em reunião na quinta-feira (12/6). Deputados avisaram, contudo, que já haveria clima, caso Motta quisesse, para votar a derrubada em si.
Diante do risco, os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) entraram em campo para negociar com a Câmara. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) está em férias.