Depois de memecoins, stablecoins, carteiras digitais e uma série de investidas no universo cripto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora mira no mercado de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês). Mais precisamente, o Truth Social Bitcoin ETF, produto que carrega o nome da rede social criada por iniciativa do presidente e gerida pela Trump Media & Technology Group (DJT).
O pedido para criação do fundo foi protocolado na quinta-feira (5) pela empresa de mídia de Trump junto à Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM no Brasil). Se aprovado, o fundo deterá bitcoin (BTC) diretamente, oferecendo cotas ao público com o objetivo de refletir o desempenho da criptomoeda. A listagem está prevista para acontecer na NYSE Arca.
A Crypto.com será a custodiante exclusiva do bitcoin, além de atuar como principal agente de execução e provedora de liquidez do fundo.
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Com isso, o Truth Social Bitcoin ETF deve se juntar a um mercado que já reúne gigantes como BlackRock, Grayscale, Fidelity e Franklin Templeton, que disputam a atenção dos investidores desde o lançamento dos ETFs de bitcoin à vista, em janeiro de 2024.
‘Meme stock’ na ofensiva
A movimentação no setor cripto não veio sozinha. Já nesta sexta-feira (6), a Trump Media registrou até US$ 12 bilhões em novos papéis, conforme mostra um novo formulário S-3 enviado à SEC. A controladora da Truth Social pretende emitir até 84.657.181 ações ordinárias.
O registro ocorre logo na esteira de um episódio turbulento: na quinta-feira, as ações da DJT caíram mais de 8% após a repercussão de um desentendimento entre Trump e Elon Musk — um impacto que expôs novamente a volatilidade do papel, classificado por muitos analistas como uma “meme stock”, mais movida por entusiasmo político e ideológico do que por fundamentos econômicos.
Já nesta sexta, por volta das 15h25, os papéis da Trump Media mostravam uma recuperação de cerca de 3,68%.
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Cripto, ações e política: o mix da Trump Media
Entre os produtos planejados, estão cestas de criptoativos, combinando bitcoin e o token Cronos (CRO) — nativo da plataforma Crypto.com — com valores mobiliários tradicionais. Esses instrumentos serão oferecidos sob a marca Trump Media e distribuídos a investidores globais via corretoras e pelo app da Crypto.com, que hoje soma mais de 140 milhões de usuários ao redor do mundo.
Desde o início da negociação dos ETFs de bitcoin à vista, o mercado já soma mais de US$ 130 bilhões em ativos, com destaque para o iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, que acumula quase US$ 69 bilhões e se consolidou como o maior fundo de ativos digitais do mundo.
Trump é o acionista majoritário da Trump Media & Technology Group e tem liderado uma estratégia cada vez mais vinculada ao universo cripto.
Nos últimos meses, a empresa registrou marcas ligadas a produtos de ativos digitais, anunciou planos para lançar uma carteira oficial, promoveu eventos com figuras do setor e revelou, na semana passada, a intenção de destinar US$ 2,5 bilhões em bitcoin como parte da tesouraria corporativa.
*Com informações do Estadão Conteúdo e CNBC
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