Uma fábrica da Solar, segunda maior fabricante de produtos da Coca-Cola no Brasil, foi temporariamente fechada nesta terça-feira (3) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O que levou o governo a suspender a produção de refrigerantes na unidade de Maracanaú, localizada no Ceará, foi um ingrediente inusitado no lugar errado: o etanol alimentício, normalmente usado para resfriar, pode ter ido parar dentro das garrafas.
A empresa e o governo afirmam que não há risco à saúde. Ainda assim, a produção foi paralisada e 9 milhões de litros de bebidas ficaram retidos para exames. A medida, segundo o Mapa, é preventiva. A Solar, por sua vez, garante que os produtos são “100% seguros”.
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Como o etanol foi parar ali?
O etanol alimentício é um tipo de álcool com grau de pureza adequado para consumo humano, semelhante ao encontrado em bebidas destiladas. Na indústria, ele costuma ser usado em sistemas fechados de resfriamento, sem qualquer contato com o líquido engarrafado.
Mas, segundo a fiscalização do Mapa, durante o processo de produção na unidade do Ceará, houve um vazamento que permitiu o contato do refrigerante em elaboração com o fluido do sistema de resfriamento — o etanol alimentício.
“Esta empresa usa o etanol alimentício e água no processo de resfriamento. Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante], não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em coletiva na quarta-feira (4).
“Se tiver etanol alimentício, aí virou uma cuba-libre”, brincou o ministro.
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O que acontece agora?
A fábrica permanecerá fechada até que a Solar conclua os ajustes no processo industrial e comprove que os riscos foram eliminados. Segundo a empresa, as correções já estão em andamento.
Em nota, a fabricante dos produtos Coca-Cola afirmou:
“Essa pausa foi realizada preventivamente, e estamos atualmente conduzindo testes rigorosos para comprovar a total segurança de nossos produtos. Estamos empenhados em retomar as atividades o mais rápido possível.”
O governo estima que o laudo com o resultado final deve sair em até cinco dias. Se for confirmada a contaminação pelo etanol, os 9 milhões de litros de refrigerante serão descartados. Caso contrário, o lote será liberado para comercialização.
Até o momento, o Ministério da Agricultura reforça que não há indícios de que outros lotes já distribuídos ao varejo tenham sido afetados.
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