O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu se livrar de ao menos uma das polêmicas envolvendo o escândalo dos descontos indevidos de aposentados do INSS.
Pressionado pela oposição, Motta “jogou” no colo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a responsabilidade de abrir uma CPI sobre a farra do INSS, revelada pelo Metrópoles.
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Presidente da Câmara, Hugo Motta
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 3
O presidente da Câmara, Hugo Motta
Marina Ramos/Câmara dos Deputados3 de 3
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
Andressa Anholete/Agência Senado
Motta avisou que não furará a fila das CPIs protocoladas na Câmara, mesmo com o PL de Jair Bolsonaro tentando uma série de ações regimentais para desbloquear a comissão de inquérito na Casa.
Com isso, a oposição terá de se contentar com a CPI mista, que reúne deputados e senadores. Como mostrou a coluna, o governo deverá ter maioria na comissão, de forma semelhante ao que aconteceu na CPMI do 8 de Janeiro.
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Motta sem problemas
O “enterro” da CPI na Câmara não é nenhuma surpresa para líderes. Pelo contrário, mantém o estilo de evitar temas polêmicos que Motta vem adotando desde que assumiu a presidência da Casa, em fevereiro de 2025.
Motta tem preferido buscar consensos e evitado embates em pautas no plenário da Câmara. O maior exemplo disso é o PL da Anistia, cuja votação do pedido de urgência ele bloqueou, enquanto tenta construir um texto de equilíbrio.
A única exceção, até agora, foi o pedido de suspensão das ações no STF contra o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ), pautado por Motta com apoio do Centrão, apesar da resistência da bancada governista.