Que tal pedir um Uber pelo iFood, ou um iFood pelo Uber? Pois isso vai ser possível nos próximos meses. Os dois aplicativos anunciaram, nesta quarta-feira (14), um acordo estratégico para permitir que os usuários usem os aplicativos de uma para usar os serviços da outra e vice-versa.
No app do Uber, a aba de delivery vai ter as opções do iFood. Já no app do iFood, uma aba de mobilidade permitirá que os usuários solicitem viagens do Uber.
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A integração dos serviços começará em cidades selecionadas no segundo semestre, com expansão para todo o país prevista em seguida, segundo o comunicado divulgado pelas empresas.
O acordo ainda precisa passar por aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A previsão é de que a notificação ao conselho seja feita nesta quinta-feira (15), segundo pessoas a par do acordo.
Convergência de usuários nos dois apps
“Estamos muito empolgados em unir forças com o iFood no Brasil”, afirmou Dara Khosrowshahi, CEO do Uber, em comunicado à imprensa. Segundo a empresa, atualmente apenas cerca de metade dos usuários usa as duas plataformas de maneira recorrente.
“O iFood transformou a maneira de pedir comida e itens do dia a dia no Brasil, assim como a Uber mudou radicalmente a forma de os brasileiros se locomoverem. Agora, essa integração marca um grande avanço”, afirmou Diego Barreto, CEO do iFood, no mesmo comunicado.

O iFood movimenta 120 milhões de pedidos por mês, de 400 mil estabelecimentos parceiros, espalhados por 1.500 cidades do país. A plataforma conta, ao todo, com 320 mil entregadores.
Por ora, segundo o comunicado, os programas de assinatura Uber One e Clube iFood seguem inalterados, “embora as empresas tenham concordado em explorar iniciativas conjuntas nesses programas no futuro próximo”.
O que está por trás deste casamento bilionário
A parceria entre Uber e iFood veio a público num momento de aumento de concorrência, especialmente no setor de delivery de comida.
Na terça-feira (13), por exemplo, a chinesa Meituan revelou investimento de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões) no Brasil nos próximos cinco anos para lançar a sua marca de delivery Keeta no país.
A Meituan, uma das maiores empresas de entrega de refeições do mundo, com mais de 770 milhões de usuários ativos só na China, vem expandindo operações pelo mundo.
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Também segue outro movimento recente divulgado pelo grupo chinês Didi, dono do aplicativo 99. A empresa anunciou que retomará o serviço de delivery de comida no país, com investimento de R$ 1 bilhão, além de isenção de pagamento de comissão e mensalidade para os restaurantes cadastrados por dois anos.
Já o app colombiano Rappi divulgou, no começo do mês, um plano de investir R$ 1,4 bilhão na operação brasileira até 2028. O aplicativo de entrega também anunciou a isenção de tarifas de intermediação para todos os estabelecimentos, atuais e novos parceiros, até o dia 31 de julho.
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