Nada mais agita os mercados do que um dia de decisão de política monetária nos Estados Unidos. E nesta quarta-feira (7), após os investidores receberem o veredito do Federal Reserve (Fed), o bitcoin (BTC) manteve o patamar positivo, sendo negociado na casa dos US$ 96 mil, com alta de 1,49% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap.
A decisão do Fed não trouxe surpresas: a taxa de juros foi mantida no intervalo entre 4,25% e 4,50%. Mas o clima nos mercados já estava mais leve desde a noite anterior.
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Na terça-feira (6), uma notícia vinda da Europa mexeu com os ativos de risco: a notícia de que representantes dos EUA e da China se reuniram na Suíça para discutir a guerra tarifária. O encontro, que deve começar no sábado, ajudou a reduzir a pressão sobre criptomoedas e índices futuros.
Com esse pano de fundo, o bitcoin se manteve resiliente, ainda que com um desafio à frente. Analistas consultados pelo Crypto Times apontam que a resistência técnica na faixa dos US$ 98.800 pode dificultar a reconquista do patamar psicológico dos US$ 100 mil.
Antes de seguir com o que está em jogo no cenário macroeconômico, vale conferir como estão as dez maiores criptomoedas do mundo nesta quarta-feira:
# | Nome (Símbolo) | Preço (USD) | Variação 24h (%) | Variação 7d (%) | Variação YTD (%) |
---|---|---|---|---|---|
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 96.448,65 | 1,49% | 2,51% | 3,27% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.801,64 | 0,87% | 0,85% | – 45,92% |
3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | 0,01% | 0,02% | 0,24% |
4 | XRP (XRP) | US$ 2.11 | – 0,86% | – 3,21% | 1,84% |
5 | BNB (BNB) | US$ 600,26 | – 0,26% | 0,51% | – 14,37% |
6 | Solana (SOL) | US$ 146,57 | 1,25% | 0,66% | – 22,54% |
7 | USDC (USDC) | US$ 1,00 | 0,01% | 0,01% | 0,01% |
8 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,17 | 1,01% | – 0,48% | – 47,34% |
9 | Cardano (ADA) | US$ 0,66 | – 0,03% | – 2,60% | – 21,44% |
10 | TRON (TRX) | US$ 0,25 | 0,91% | 0,57% | – 2,60% |
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Bitcoin e o corte de juros: a espera continua
Voltando aos desdobramentos da decisão do Fed, um dos momentos mais aguardados do dia foi a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell. Diante da pressão crescente do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes de juros mais rápidos, Powell aproveitou a ocasião para marcar posição.
“As tarifas são significativamente maiores do que o esperado”, afirmou, ao comentar o impacto das medidas protecionistas. Segundo ele, “as expectativas de inflação de curto prazo aumentaram” e “evitar uma inflação persistente dependerá do tamanho e do timing das tarifas”.
Apesar da expectativa do mercado por três cortes de juros até o fim do ano — com julho despontando como o momento mais provável para o primeiro movimento —, os membros do comitê mantém o discurso de que mais clareza será necessária antes de qualquer mudança de rumo.
No Brasil, os investidores do mercado de criptomoedas também acompanham de perto a cena local. A expectativa é de que o Banco Central eleve a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros para 14,75% ao ano — o maior nível desde agosto de 2006.
*Com informações do Money Times
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