A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, divulgou os resultados do primeiro trimestre neste sábado (3), em um evento muito aguardado por investidores do mundo todo, na cidade de Omaha.
Os lucros operacionais foram de US$ 9,64 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 14% na comparação anual, ante US$ 11,22 bilhões nos três primeiros meses de 2024.
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O conglomerado, que detém uma vasta gama de negócios de seguros, transporte, energia, varejo e outros, alertou que as tarifas dos EUA contra os demais países podem afetar ainda mais seus lucros.
A receita diminuiu levemente para US$ 89,73 bilhões.
Por outro lado, o caixa da Berkshire atingiu um novo recorde, de US$ 347,7 bilhões, no período, ante US$ 334,2 bilhões no final de 2024, demonstrando que Buffett não aproveitou a queda do mercado de ações no primeiro trimestre para aplicar o dinheiro em novas oportunidades.
Na verdade, a Berkshire vendeu ações pelo 10º trimestre consecutivo.
Em termos de lucro por ação, o lucro operacional foi de US$ 4,47, abaixo dos US$ 5,20 por ação classe B no mesmo período do ano anterior. Isso se compara a uma estimativa de US$ 4,89 por ação classe B do UBS e a uma estimativa geral de consenso de quatro analistas de US$ 4,72 por ação, segundo a FactSet.
O que afetou os resultados da Berkshire
Grande parte da queda foi impulsionada por uma queda de 48,6% no lucro com subscrição de seguros, de acordo com informações da rede norte-americana CNBC.
O valor foi de US$ 1,34 bilhão no primeiro trimestre, abaixo dos US$ 2,60 bilhões do ano anterior. A Berkshire afirmou que os incêndios florestais no sul da Califórnia resultaram em um prejuízo de US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre.
Os resultados da Berkshire também foram afetados pela desvalorização do dólar no primeiro trimestre.
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A empresa informou ter sofrido um prejuízo aproximado de US$ 713 milhões relacionado ao câmbio. No mesmo período do ano passado, a empresa se beneficiou de um ganho de US$ 597 milhões com o câmbio.
Impacto das tarifas de Trump
A Berkshire afirmou que as tarifas do presidente Donald Trump e outros riscos geopolíticos criaram um ambiente de incerteza para o conglomerado, mas a empresa disse não ser capaz de prever qualquer impacto potencial das taxas neste momento.
“Nossos resultados operacionais periódicos podem ser afetados em períodos futuros por impactos de eventos macroeconômicos e geopolíticos em andamento, bem como por mudanças em fatores ou eventos específicos do setor ou da empresa”, afirmou a Berkshire, em seu balanço.
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“O ritmo das mudanças nesses eventos, incluindo políticas e tarifas comerciais internacionais, acelerou em 2025. Permanece considerável incerteza quanto ao resultado final desses eventos.”
“Atualmente, não podemos prever com segurança o impacto potencial em nossos negócios, seja por meio de mudanças nos custos dos produtos, custos e eficiência da cadeia de suprimentos, ou pela demanda dos clientes por nossos produtos e serviços”, afirmou a empresa.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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