Donald Trump acabou de vencer as eleições nos EUA e já começou a dar uma cara para o seu novo governo. Faltando mais de dois meses do início do mandato, o republicano já apontou nomes para posições importantes da sua administração.
Mais que simplesmente fechar o tabuleiro, quem é escolhido e a ordem em que são feitas essas escolhas dão pistas sobre qual será a cara do segundo governo Trump.
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Três nomes já estão definidos: Elise Stefanik foi escolhida como representante dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU); Tom Homan será encarregado das fronteiras do país; e Susie Wiles foi apontada como chefe de Gabinete.
Enquanto isso, nomes já conhecidos do Partido Republicano devem ficar de fora da nova administração, como Nikki Haley — que concorreu contra Trump nas primárias — e Mike Pompeo, que foi secretário de Estado na primeira gestão de Trump
Uma grande defensora de Trump estará no governo
A futura embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Elise Stefanik, foi a mulher mais jovem a ser eleita para o Congresso norte-americano, ganhando em um distrito tradicionalmente democrata.
Inicialmente, Stefanik tinha uma postura republicana tradicional, mas logo se tornou uma das maiores defensoras do presidente eleito.
Em 2019, ela montou uma defesa apaixonada do então presidente Trump, em seu primeiro processo de impeachment. Desde então, Stefanik se mostrou uma importante aliada do republicano.
De acordo com especialistas, a indicação de Stefanik como embaixadora aponta para um alinhamento da postura internacional dos Estados Unidos na ONU com o da figura de Trump.
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Trump escolhe um czar para as fronteiras
Caberá a Tom Homan uma das missões mais importantes do novo governo de Trump: controlar as fronteiras dos EUA — não à toa ele está sendo chamado pela imprensa gringa de “o czar da fronteira”.
Homan ficará encarregado de cuidar da fronteira sul, fronteira norte e de toda a segurança marítima e aérea norte-americana.
O endurecimento da política de imigração é uma das principais promessas de campanha de Trump — segundo seu vice, J.D. Vance, o novo governo pode mandar de volta para casa 1 milhão de imigrantes ilegais por ano.
Linha-dura e um policial de carreira, Homan foi diretor Imigração e Fiscalização Aduaneira na primeira presidência de Trump e deve ser a peça central na construção de campanhas de deportação de ilegais.
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A donzela do gelo
Uma indicação inesperada para pessoas de fora do círculo de Trump, Susie Wiles será a primeira mulher chefe de Gabinete da história dos Estados Unidos. Ela será a principal assessora do republicano , ajudando a montar a equipe de governo e supervisionando todas as operações diárias da Casa Branca.
Segundo o próprio presidente eleito, Wiles é uma figura discreta e prefere ser dessa maneira — essa personalidade a fez ser apelidada pelo próprio Trump como “a donzela de gelo”.
Trump e Wiles se conheceram em 2015, quando ela fez parte da equipe de campanha da primeira candidatura do republicano.
O relacionamento dos dois, no entanto, nem sempre foi sólido: em 2016 Wiles foi dispensada por Trump apenas para retornar dois anos depois à equipe.
A personalidade dos dois também é diferente em muitos aspectos, porém a relevância nas campanhas eleitorais republicanas a fez crescer no conceito de Trump.
Wiles foi uma das peças mais importantes da campanha presidencial de Trump deste ano.
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Outros cotados
Outros nomes estão passeando por Washington como possíveis cotados para compor o novo governo de Trump.
Stephen Miller, um dos conselheiros mais antigos de Trump, é uma das possíveis indicações para vice-chefe de gabinete. Jay Clayton e Eric Schmitt, ex-presidente da Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos e senador republicano do Missouri, podem disputar a vaga de procurador geral, e Bill Hagerty, senador republicano do Tennessee, é considerado para vários cargos.
Apesar de um grande apoiador de Trump, até o momento, não existem indicações de que o bilionário Elon Musk deva receber qualquer cargo oficial no novo governo, mas sua influência sobre a gestão pode ser um fator relevante nas tomadas de decisões.
*Com informações da Reuters e CNN
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