A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de fechar um acordo com o PSol e encerrar a greve de fome de Glauber Braga (RJ) foi vista por governistas como uma tentativa de Motta demonstrar “força”.
Motta fechou o acordo com o PSol como presidente da Câmara, sem a chancela dos demais líderes do Centrão. Ele acertou que não levará o caso de Braga ao plenário antes do recesso parlamentar de julho.
O atual presidente da Câmara foi criticado por governistas no dia em que o Conselho de Ética votou pela cassação de Glauber, por atrasar a ordem do dia no plenário e permitir a aprovação do relatório contra o psolista.
Na visão de aliados de Braga, Motta teria se submetido à vontade do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que encabeçou nos bastidores as tratativas para que o deputado do PSOL, seu desafeto, fosse cassado.
Agora, dizem caciques da esquerda, Motta fez um gesto para mostrar que “tem a caneta” e que é independente da vontade de seu antecessor e padrinho de sua eleição para a chefia da Mesa Diretora.
A postura, dizem, seria semelhante à “bronca” de Motta nos deputados bolsonaristas no dia 20 de fevereiro. Na ocasião, o presidente da Câmara “subiu o tom” por causa de uma briga no plenário causada pelos deputados.