O uni-duni-tê é uma brincadeira de escolha aleatória — bem diferente do que quer Donald Trump com as tarifas.
O presidente norte-americano reconheceu nesta terça-feira (15) que sua guerra comercial pode culminar em um pedido do tipo “ou eu ou ele” — que, pelo menos em um relacionamento romântico, não é indicado que seja feito a menos que a pessoa esteja disposta a sair de mãos abanando da disputa.
“Podemos pedir aos países que escolham entre a China e os EUA”, disse Trump em entrevista à Fox Notícias, unidade da Fox News no México.
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Só que essa é uma escolha de Sofia. Além de difícil, traz muitas perdas para todos os lados, incluindo para norte-americanos e chineses.
Ainda que a situação pareça mais insustentável para a China, já que a indústria de lá ainda é dependente da força da demanda norte-americana e os demais países do globo não devem manter suas portas abertas para os produtos chineses — especialmente se desequilibrarem as indústrias locais — os EUA também perdem.
Afinal, não há escala viável, não há custo competitivo e não há trabalhador norte-americano disposto a trocar um emprego de alto valor agregado, ar-condicionado e benefícios, por uma linha de montagem de baixa qualificação.
Como bem disse Matheus Spiess na coluna “Trump vai recuar e mesmo assim cantar vitória?” — que você pode ler aqui — os EUA não serão, de novo, o país das fábricas de sapatos ou camisetas.
A realidade logística, econômica e social de 2025 é outra e demanda que norte-americanos e chineses andem lado a lado.
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