Duas classes de ativos podem pagar um dinheiro extra para os participantes do mercado. Isso porque a B3 anunciou que vai permitir a listagem de Exchange Traded Funds (ETFs) de Infraestrutura e de Fundos Imobiliários com distribuição de dividendos. A novidade começou a valer nesta terça-feira (11).
Com a liberação da bolsa brasileira, as gestoras poderão criar produtos com essas características para diversificar a carteira dos investidores.
Segundo o documento divulgado, os ETFs de FIIs e Infraestruturas com pagamentos de proventos passarão a ser negociados, posteriormente, na B3.
Vale lembrar que, até então, os ETFs de FIIs não realizavam distribuição de dividendos, o que, em geral, é o principal atrativo para os investimentos imobiliários na bolsa.
Em 2023, a B3 chegou a lançar os ETFs de ações, o primeiro com distribuição de proventos.
Segundo o comunicado, o pagamento dos proventos vai ocorrer, no mínimo, mensalmente, e irá respeitar a periodicidade e a política estabelecida no regulamento do fundo.
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Novidade no radar: ETFs de Infraestrutura
No caso dos ETFs de Infraestruturas, a autorização abre portas para o surgimento de um novo ativo, uma vez que não existem índices que acompanham os FI-Infra.
Vale lembrar que os Exchange Traded Funds replicam a carteira de índices de referência de cada segmento.
Atualmente, os ETFs de Infraestrutura são compostos por carteiras de debêntures incentivadas, a forma das empresas captarem recursos no mercado para financiar projetos de infraestrutura.
“Os ETFs de Infraestrutura com distribuição de proventos são uma nova classe de ativos que irão auxiliar na diversificação de carteira, sendo um produto muito vantajoso para a pessoa física”, afirmou Felipe Gonçalves, Superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, em nota.
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Para pingar na conta: o caso dos FIIs
Já no caso dos ETFs de FIIs o que vai mesmo chamar a atenção dos investidores é a possibilidade de ver um dinheiro extra pingar na conta.
Os ETFs de FIIs foram lançados no Brasil em 2018 — existem três ativos do segmento no país atualmente. O pioneiro no mercado foi o Trend ETF IFIX (XFIX11), da XP Asset, que foi criado em novembro de 2020. Apenas ele acompanha um índice de referência nacional, o IFIX L B3.
Além do XFIX11, há também o Investo MSCI US Real Estate (ALUG11), da Investo, e o o Trend ETF FTSE US REITS (URET11), também da XP Asset. Os dois são ligados a índices de REITs — ou seja, fundos de investimento imobiliário dos EUA.
Antes do sinal verde da B3, todos os ETFs negociados no mercado eram referenciados por índices total return, ou seja, os proventos gerados pelos ativos que integram o índice eram reinvestidos no próprio fundo.
Agora, com a liberação da B3, a distribuição de proventos vai ocorrer em ETF de FIIs locais e internacionais.
Porém, de acordo com o regulamento do produto, os ETF de FIIs internacionais não precisam seguir a data de distribuição de proventos como ocorre no exterior. Além disso, cada ativo terá suas características especificadas no lançamento do ticker.
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