Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra os acusados de participar de uma tentativa de golpe de Estado, alguns dos alvos já apresentaram o nome das testemunhas para serem ouvidas, caso a denúncia seja recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não é preciso apresentar justificativa para a escolha das testemunhas.
Dentre os nomes indicados como possíveis testemunhas estão o do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de alguns dos ministros de seu governo, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de integrantes do STF como Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Quando apresentou a denúncia, a PGR também indicou testemunhas, a exemplo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e dos ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apontaram como testemunhas Freire Gomes e Baptista Junior, que relataram à Polícia Federal (PF) uma reunião na qual Bolsonaro teria apresentado uma proposta para reverter o resultado da eleição.
Também foram indicados por Bolsonaro o general Júlio Arruda, comandante do Exército no início do governo Lula, senador Hamilton Mourão (Republicanos-DF) e três ex-ministros: Tarcísio de Freitas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
O general Augusto Heleno também indicou como testemunhas Hamilton Mourão e incluiu em sua lista o ex-ministro da saúde Marcelo Queiroga.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo indicou o ministro STF Alexandre de Moraes como testemunha, argumentando que ele foi vítima da trama investigada. Flávio Dino também foi apontado por ter sido ministro da Justiça durante os atos golpistas do 8 de janeiro. Sua defesa, ainda, incluiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias.
Marcelo Câmara foi o denunciado que mais apontou testemunhas até agora com uma lista de 32 nomes, a qual inclui a ex-vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo e o delegado da Polícia Federal Fabio Schor, responsável pela investigação que levou à denúncia.