Os brasileiros já estão prontos para aproveitar o Carnaval, seja com purpurina no corpo ou com as malas prontas — para aqueles que gostam de viajar nessa época do ano.
Enquanto o clima de festa toma conta, algumas preocupações não podem sair da cabeça dos foliões, como a possibilidade de golpes e roubos durante as comemorações, que acabam aumentando por conta da alta temporada de turismo no país.
Com a popularização do pagamento via Pix e por aproximação, a maioria das pessoas que vai pular o Carnaval pretende levar o celular — um dos itens favoritos para os criminosos.
Segundo um levantamento do Mercado Pago, banco digital do Grupo Mercado Livre, 78% dos foliões de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador pretendem levar o celular para os bloquinhos.
Além disso, 72% dos entrevistados pretendem realizar os pagamentos usando o aparelho. Já em relação a forma de pagamento, 41% responderam Pix, 38% cartão de crédito, 17% saldo em conta ou cartão de débito.
Assim, com a popularização das novas ferramentas para pagamentos, também cresce a preocupação com a segurança.
Para você conseguir aproveitar o bloquinho — ou até a viagem — sem dor de cabeça, o Seu Dinheiro reuniu os principais golpes do Carnaval e como se proteger deles.
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Os golpes do Carnaval
Há poucas coisas piores do que perceber que você foi furtado durante o bloquinho de Carnaval. Porém essa não é a única forma do folião sair no prejuízo durante as comemorações.
De acordo com Laura Rocha Barros, vice-presidente de Produtos e Marketing da Exa, ecossistema de proteção digital, os golpes mais comuns durante o período são:
- Troca de cartões durante o pagamento
Nesta modalidade, o consumidor entrega seu cartão ao vendedor, que observa a senha digitada. Na hora de devolver o cartão, o golpista entrega um idêntico, mas que pertence a outra vítima.
- QR Codes falsos
Neste tipo de golpe, os criminosos encaminham a vítima para links fraudulentos, que possibilitam o roubo de informações bancárias ou instalam malwares — programas utilizados para danificar ou interromper o funcionamento do aparelho — no dispositivo.
- Wi-Fi público
A executiva também destaca o uso de redes wi-fi públicas como uma das estratégias para aplicação de fraudes. Isso porque “oferecem pouca segurança sobre as informações transmitidas através do ponto de conexão”, afirma.
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Como se proteger das fraudes no Carnaval?
Considerando os principais golpes, Barros indica algumas estratégias para evitar dores de cabeça no Carnaval. Confira:
- Deslogue do e-mail principal
A autenticação em mais de uma etapa inclui, em geral, a confirmação através de um e-mail. Assim, a indicação da especialista é que os foliões desloguem a rede social utilizada para a recuperação de senhas importantes do aparelho que será levado para o bloquinho.
“Isso impede que os ladrões utilizem ferramentas de recuperação de senhas para ganhar acesso às contas”, explica.
- Reduza o limite para transações bancárias e oculte os aplicativos dos bancos
Diminuir os limites de transações que podem ser realizadas via pix, transferências e cartão de crédito dificulta o trabalho dos golpistas.
Além disso, outra estratégia que pode dar tempo para as vítimas bloquearem o acesso às contas bancárias é esconder ou deletar aplicativos de banco, o que impede que eles possam ser localizados e utilizados pelos ladrões.
- Cuidado com as senhas
É importante que os foliões não deixem as senhas anotadas no bloco de notas, em conversas fixadas ou em outros locais de fácil acesso.
A indicação é que, caso não consiga memorizá-las, deixe-as em algum lugar seguro e desassociado do celular ou opte por usar a recuperação de senha do aplicativo.
- Aplicativos de busca ligados
Barros aconselha que as pessoas que vão curtir o Carnaval ativem a busca por localização e deixem os aparelhos logados em um computador próprio.
Isso porque, em caso de roubo ou furto, os aparelhos podem continuar sendo localizados mesmo se desligados pelos bandidos ou colocados no modo avião.
Ela também recomenda a criação de uma camada de senha adicional, diferente da senha do celular.
- Se for usar redes de Wi-Fi públicas: Antivírus e VPN
Como já mencionado, as redes Wi-Fi públicas podem ser utilizadas para o roubo de informações do aparelho. Assim, se precisar utilizá-las, a recomendação é ter um bom aplicativo de Antivírus e VPN.
- Anote o IMEI
O International Mobile Equipment Identity (IMEI, ou Identificação Internacional de Equipamento Móvel, em português) é um código numérico único e global para os aparelhos celulares.
Ele funciona como uma espécie de “impressão digital” do dispositivo que permite a sua identificação.
Assim, com o IMEI anotado, é possível solicitar o bloqueio do número de celular com a operadora de telefonia.
- Faça B.O. online
Vale lembrar que, se você acabar sendo vítima de golpe, roubo ou furto, é importante que seja feito um Boletim de Ocorrência online o quanto antes. Esse documento poderá ser usado em eventuais processos de contestação de gastos.
Pagamento por aproximação: melhor não fazer ou pode evitar dores de cabeça?
Segundo a executiva da Exa, o pagamento por aproximação dificulta os golpes. Isso porque, por ser mais ágil, reduz o tempo de uso do celular ou cartão na hora de fazer as compras.
Além disso, a aproximação elimina a chance da vítima escanear um QR Code enganoso. “As transações também são criptografadas, aumentando ainda mais a proteção do consumidor”, explica.
Outro ponto positivo para o pagamento por aproximação durante o Carnaval é que os limites de pagamento são personalizáveis e valores altos requerem autenticação via biometria ou senha antes de serem concluídos.
Porém, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) indica desabilitar temporariamente o pagamento por aproximação, deixando apenas a possibilidade de pagamento por inserções dos cartões nas maquininhas.
“Caso o cliente queira manter a função de pagamento por aproximação, recomendamos que o cadastramento dos cartões de crédito seja feito apenas no aplicativo wallet dos smartphones, utilizando o pagamento por aproximação pelo celular. O cartão de crédito só ficará ativo na carteira do aparelho após o desbloqueio do celular através de mecanismos de segurança de cada banco”, recomenda Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da entidade.
Outra medida indicada pela Febraban é que o folião fique atento na hora dos pagamentos, evitando utilizar maquininhas com visor quebrado. A instituição ainda ressalta que o visor deve exibir apenas asteriscos no campo da senha.
*Com informações da Agência Brasil
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