Os tribunais costumam ser palco de julgamentos tensos e decisões judiciais, mas no caso de Luigi Mangione, um detalhe inusitado chamou a atenção: a escolha de um mocassim marrom usado por ele. O calçado do jovem, de 26 anos, acusado do assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson começou a ganhar destaque na web de forma repentina, resultando em um aumento de 1.400% nas pesquisas no Google por “mocassins Luigi Mangione” em 24h.
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Os mocassins de Luigi Mangione
Mangione compareceu à audiência na Suprema Corte de Manhattan, nos Estados Unidos, com um suéter verde de tricô, calças cáqui e os tão falados mocassins marrons, sem meias. A escolha do calçado foi imediatamente comentada nas redes sociais, e internautas especularam que ela poderia se tornar a “tendência de calçados do verão”.
O crescimento repentino da popularidade do sapato reflete um padrão curioso na cultura digital, na qual itens de vestuário associados a figuras midiáticas podem ganhar status de desejo, independentemente do contexto. Além disso, as buscas por “roupas de Luigi Mangione” também tiveram um salto de 350%, de acordo com o Google Trends, evidenciando o impacto da imagem do jovem no imaginário coletivo.



O fenômeno do culto à estética de acusados
E essa não é a primeira vez que a moda é movimentada por Mangione. A jaqueta usada no dia em que ele supostamente assassinou o CEO e o suéter marrom usado também pelo norte-americano em uma audiência anterior já haviam provocado reações semelhantes. Os “fãs” dele têm, inclusive, replicado esse looks e até criado itens personalizados com frases como “Libertem Luigi”.
Na web, a obsessão com a estética de um possível assassino tem gerado discussões acaloradas. Os comentários vão desde elogios à aparência dele até declarações mais ousadas, incluindo fetiches pelos pés e tornozelos de Luigi. “Pornô feminino é tão diferente. Poderia ser os mocassins do Luigi”, comentou um usuário. Outro afirmou ainda que não havia sentido atração pelo acusado até notar os sapatos dele.


O fascínio pelo visual de Mangione levanta questões sobre a forma como figuras públicas, mesmo em circunstâncias criminais, podem ser transformadas em ícones de estilo. O fenômeno sugere uma interseção entre moda, cultura pop e o consumo de imagens midiáticas, na qual a estética pode, por vezes, pode ofuscar os fatos que são realmente importantes.