Vereador eleito em Belo Horizonte e sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, Pedro Rousseff (PT) recebeu, nesta terça-feira (5/11), uma intimação da Polícia Federal para depor sobre uma doação de sua campanha eleitoral.
A doação questionada foi feita pelo pai do vereador eleito, que também se chama Pedro Rousseff. Segundo dados do portal da Justiça Eleitoral, o pai do vereador eleito fez uma doação no valor de R$ 60,3 mil para a campanha do filho.
Segundo uma denúncia anônima, a doação teria sido feita pelo próprio candidato, que não declarou bens ao TSE este ano. O depoimento de Pedro foi marcado pela PF para o próximo dia 14 de novembro em Belo Horizonte, onde ele mora.
Sobrinho de Dilma se defende
Pedro Rousseff alega que a doação foi feita por seu pai, como consta no próprio TSE, e ressalta que o delegado que o intimou, Leão Batista, ex-secretário-executivo de Segurança do governo Romeu Zema, em Minas Gerais, faz perseguição política.
“O delegado vasculhou minha vida inteira, de cabo a rabo e não conseguiu perceber um fato muito simples: que meu pai também se chama Pedro Rousseff. Como o delegado investiga tudo e não percebe que o CPI do doador não é o meu CPF? Estranho que esse delegado, ele foi secretário de segurança do governador Zema. Indicado na época pelo então ministro do Bolsonaro, Sergio Moro”, diz o vereador eleito.
No caso, como Leão Batista é delegado da PF, ele teve de ser cedido para ocupar a secretaria do governo de Minas Gerais pelo ministro da Justiça, cargo que era ocupado à época pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR).
À coluna, Rousseff disse ainda que irá processar o delegado por perseguição política e abuso de poder. “Ele está investigando de propósito. Vamos processar ele na corregedoria por perseguição política e abuso de poder“, afirmou.