“Beirei a morte tentando salvar minha filha”. Foi essa frase e entre lágrimas que Lexa recordou os momentos difíceis após ficar internada por 17 dias, 4 deles na UTI, com um quadro de pré-eclâmpsia, passar por um parto prematuro e perder a filha, Sofia, no último dia 5, três dias depois do nascimento.
Em entrevista ao Dr. Drauzio Varella, no Fantástico, a cantora recordou os sintomas da doença, que atinge muitas mulheres no país: “Eu comecei a sentir, cada dia que passava, um pouco mais dos sintomas. Tive uma dor de cabeça que não passava, depois uma dor de estômago muito forte. Minha mão estava de uma maneira que já não estava fechando. O fígado começou a entrar em falência. Então, não tinha mais para onde ir. Nem para mim nem para ela”, afirmou.
Sofia também nasceu com problemas
Durante o bate-papo com o médico, a artista lembrou os primeiros momentos com Sofia: “Minha filha nasceu com tudo o que eu estava sentindo, com os rins comprometidos, com o fígado, a pressão alterada. Muito pequenininha, mas muito linda. Ela pesava menos de 500 gramas. A primeira vez que eu a carreguei, ela tinha tido duas paradas cardíacas”, detalhou.
Em seguida, Lexa contou que tentou levar a gestação ao máximo para que Sofia ficasse bem: “Eles falaram assim ‘olha, eu preciso te falar isso, mas na medicina a gente sempre vai escolher a mãe’. E aí, eu falei ‘vou até meu limite, se possível’. Eu beirei a morte tentando salvar minha filha”, desabafou.
Noivo de Lexa falou sobre a perda
Ao lado da amada no hospital, Ricardo Vianna falou sobre a experiência de ver a filha e a noiva passando por todos aqueles problemas: “O que mais me dói como marido e como pai é não poder fazer nada. Estar dentro de um hospital e ver minha filha entubada e não poder fazer nada sobre aquilo. Ver minha mulher que, em mais um dia de gestação, não poderia estar do meu lado”, afirmou.
Lexa ainda contou que a gravidez foi muito desejada e planejada: “Foi um sonho muito calculado, muito quisto e muito mentalizado. Não foi uma criança que, ai, foi um susto, foi sem querer… Não, eu queria muito”, disse.
E finalizou: “Eu tô vivendo a minha dor e ela é grande, mas ela parece não ter fim. Mas é um processo e eu acho que daqui a pouco eu preciso juntar meus cacos, meu quebra-cabeça sem peça e continuar. Voltar a fazer o meu trabalho, voltar a fazer o que me faz feliz”, encerrou.