São Paulo – O Metrópoles produziu um minidocumentário que destrincha a atuação de diferentes ramificações da máfia chinesa na capital paulista, objeto de uma série de reportagens especiais divida em três capítulos que foi publicada nesta semana.
No vídeo de 16 minutos, a reportagem mostra como a atuação desses grupos se intensificou em casos de extorsão contra comerciantes e, agora, se expandiu para crimes como tráfico de drogas e comércio ilegal de armas.
O documentário se baseia na análise de milhares de páginas de investigações sigilosas, processos judiciais e incursões no submundo do crime. A produção traz vídeos de flagrante de atentado e de prisão de chineses, diálogos entre traficantes e prostitutas, além de imagens dos locais usados consumo de metanfetamina na cidade.
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O Metrópoles se infiltrou em um dos hotéis onde usuários da droga, abastecidos por traficantes chineses, praticam o chamado chemsex — sexo químico. Durante a investigação, a equipe negociou a compra de pequena quantidade de metanfetamina para rastrear o fluxo do dinheiro.
O vídeo expõe a conexão da máfia chinesa com uma fintech da Faria Lima, o maior centro financeiro do país, e com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A apuração também revelou o esquema de lavagem de dinheiro da máfia por meio de comerciantes chineses do Brás, usados como laranjas. Fotos e conversas extraídas dos celulares dos criminosos levaram a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) a uma empresa fornecedora de armamento. O local, um galpão na zona leste da capital, abriga um estande de tiro frequentado por chineses e policiais militares.
Leia os 3 capítulos da série especial sobre a máfia chinesa:
- Máfia chinesa expande atuação em SP, com extorsões, tráfico e arsenal
- Máfia chinesa se alia ao PCC na droga do sexo e usa hotéis e fintechs
- Golpe do Pix e laranjas do Brás ligam arsenal de armas à máfia chinesa