Relator do caso no STF, o ministro André Mendonça atendeu pedido da Polícia Federal e prorrogou o inquérito que investiga denúncias de assédio e importunação sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.
O pedido para prorrogar a investigação tinha sido feito pela PF no final de janeiro. A corporação alegou que o inquérito estava quase concluído, mas que precisava de mais tempo para tomar o depoimento do ex-ministro.
A investigação tramita em sigilo no Supremo. A coluna apurou, contudo, que Mendonça prorrogou a investigação por mais 60 dias. A expectativa, porém, é de que a PF conclua o inquérito antes desse prazo.
A demissão de Silvio Almeida
Silvio Almeida foi demitido por Lula em setembro de 2024, após as acusações de assédio sexual. Na ocasião, o governo emitiu uma nota afirmando que nenhuma forma de violência contra as mulheres seria tolerada.
Entre as vítimas do ex-ministro estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e outras ex-alunas de Silvio Almeida. Elas teriam procurado o “Me Too Brasil”, movimento que acolhe vítimas de violência sexual.
Desde a denúncia, o ex-ministro nega veementemente as acusações de que cometeu assédio e importunação sexual. Ele sustenta que as denúncias seriam “mentiras”.
“Tentaram me matar”
No último sábado (15/2), Silvio Almeida fez uma postagem nas redes sociais afirmando que tentaram lhe “matar” após a revelação das denúncias de assédio e importunação sexual contra ele.
“Nestes últimos meses, tentaram me fazer esquecer quem eu realmente sou, quem eu fui e quem eu sempre quis ser. Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia”, escreveu em postagem no Instagram.