Ninguém entende de um negócio melhor do que o dono. A frase não é minha, mas isso não importa agora.
A questão é que, quando o dono coloca a própria empresa à venda, total ou parcialmente, fica aquela pulga atrás da orelha.
Aliás, mais de uma. Afinal, a não ser que a pessoa esteja pensando em se aposentar ou curtir a vida depois de muito trabalho, por que vai se desfazer de um bom negócio?
Mas essa moeda tem outra face. E quando o dono quer aumentar ainda mais a sua fatia no próprio negócio?
Essa pergunta veio à tona nos últimos dias, depois de a matriz francesa do Carrefour ter manifestado a intenção de fechar seu capital no Brasil.
Como o Carrefour Brasil é uma empresa listada na bolsa de valores, a matriz precisa recomprar as ações em mãos dos sócios minoritários para fechar o capital da varejista.
A situação fica mais clara se olharmos para o preço de tela de CRFB3. Depois do salto com a notícia, a ação do Carrefour Brasil chegou à faixa dos R$ 7,00.
Quando o capital da empresa foi aberto na bolsa, cada ação saiu por R$ 15,00.
Ou seja, a matriz pode recomprar as ações hoje pela metade do preço obtido no IPO de oito anos atrás.
Acontece que não é só a ação do Carrefour Brasil que está barata. O mercado acionário brasileiro como um todo está barato.
Na avaliação do colunista Ruy Hungria, o caso envolvendo o Carrefour mostra que existem grandes oportunidades na bolsa.
O elevado volume de programas de recompra de ações em andamento pelos controladores é o mais claro sinal disso.
E, como o próprio Ruy costuma dizer, ninguém entende melhor de um negócio do que o próprio dono.
Na coluna de hoje, ele dá a dica do que fazer nesse momento.
Enquanto isso, os mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial de Donald Trump.
Isso porque as tarifas norte-americanas estão vindo acompanhadas de espaço para negociação.
Hoje, diante da agenda fraca no geral, a atenção dos investidores se volta para a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
O que você precisa saber hoje
ROBÔ DE CRIPTO 100% AUTOMATIZADO
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O primeiro robô de investimentos em criptomoedas da Empiricus Research voltará ao mercado. Devido ao sucesso do primeiro lançamento, a casa de análise financeira decidiu relançá-lo para ajudar os interessados no mercado de ativos digitais.
DE OLHO NAS BOMBAS
Itaú BBA: ‘talvez estejamos nos preocupando demais com os preços dos combustíveis da Petrobras (PETR4)’ — veja 8 pontos cruciais a se considerar. Banco acredita que o contexto de exposição da Petrobras mudou consideravelmente nos últimos dez anos e mantém preço-alvo de R$ 49 para as ações PETR4.
INVESTIMENTOS DE 2024
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima. Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação.
REBAIXAMENTO
Magazine Luiza (MGLU3) na berlinda: BB Investimentos deixa de recomendar a ação da varejista — e aqui estão os motivos. Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo para R$ 9,00 ao final de 2025.
DESTAQUES DA BOLSA
Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações. Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial.
FUNDOS IMOBILIÁRIOS
FII ALZR11 turbina dividendos com securitização milionária dos aluguéis do Mercado Livre (MELI34). Além de liberar o caixa, gestora destaca que a securitização também vai impulsionar o dividend yield (taxa de retorno de dividendos) do ALZR11.
DIÁRIO DOS 100 DIAS (DIA 25)
Trump e Modi: por que o encontro com o primeiro-ministro da Índia é mais importante do que parece. À primeira vista, a reunião entre o presidente norte-americano e o premiê indiano pode ter apenas um caráter comercial, com tarifas em jogo, mas em uma segunda olhada, a estratégia da política externa dos EUA é colocada à mesa.
CALIFÓRNIA À VENDA?
Humor nórdico: dinamarqueses lançam ‘vaquinha’ para comprar a Califórnia, em resposta satírica à proposta de Trump de anexar a Groenlândia. O estado americano que abriga cidades como Los Angeles e São Francisco foi avaliado em US$ 1 trilhão na petição criada por grupo dinamarquês.
DE VOLTA AO VERÃO
De maior marketplace de NFTs a protagonista dos ativos digitais: OpenSea se reinventa e anuncia “IPO” de token próprio. A empresa destacou que o acesso antecipado ao token será um presente para os usuários mais antigos e engajados da plataforma.
CAÇA AOS VENDIDOS
As ações de educação e saúde com mais apostas de queda na bolsa — e as preferidas do BTG nesses setores castigados pelos juros altos. Com alta nas posições vendidas no mercado, setor de saúde desponta como preferido dos analistas em comparação ao de educação.
DINHEIRO NA CONTA
Dividendos e JCP: Telefônica Brasil (VIVT3) vai depositar R$ 180 milhões em proventos; veja quanto cada acionista vai receber. Operadora de telefonia aprovou mais uma distribuição de juros sobre o capital próprio para quem estiver na base acionária em fevereiro.
COMPRAR OU VENDER
Totvs (TOTS3) impressiona com salto de 42% do lucro no 4T24 — mas a joia da coroa é outra. Os resultados robustos colocaram os holofotes na Totvs: os papéis da companhia figuram entre as maiores altas do Ibovespa, mas quem roubou a cena foi um segmento da companhia.
REBALANCEAMENTO
Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI. O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas.
ATOLOU DE VEZ
Honda e Nissan confirmam o fim das negociações para a fusão dos negócios — e uma dessas montadoras enfrenta futuro incerto. As negociações para a fusão da Honda e da Nissan foram anunciadas no fim do ano passado e, caso fossem concluídas, criariam a terceira maior montadora do mundo.
RECALCULANDO A ROTA
Pressionada por ‘taxação das blusinhas’, Shein mira expansão do marketplace e quer gerar 100 mil empregos no Brasil, mas BTG vê pedras no caminho da varejista chinesa. Taxação tem impulsionado a Shein a apostar em produtos e comerciantes brasileiros – até 2026, a varejista espera que 85% das vendas no país sejam do mercado nacional.
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